sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

• "Eat Pray Love" - o filme

Não percam a ocasião de ver este filme, se ainda estiver em exibição nas salas de cinema, ou procurem alugá-lo em formato Blu-Ray para o verem em casa.

Julia Roberts no seu melhor. Esqueçam o "Pretty Woman"!... Nada a ver com este "Eat Pray Love". Um registo de actriz completamente distinto.

Para verem alguns trailers, cliquem aqui.

Filme baseado no livro homónimo de Elizabeth Gilbert. Consta que é uma obra auto-biográfica. Para tirar uma lição de vida a não esquecer.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

• "Águas de bacalhau"

Afinal, não se concretizou o tal de "retiro espiritual" que eu idealizava para as duas semanas que findaram ontem...

Afinal, acabei por não escrever uma só linha de texto do tal romance erótico, do qual gostaria um dia de finalizar a sua escrita. O costume em mim...

Mas em contrapartida, recebi um convite para ler um livro que irá dar brevemente à estampa. De uma escritora minha amiga, muito especial. Um romance em dois tomos, que espero ser-me entregue esta semana.

Honra-me muito ter sido distinguido por esta minha amiga escritora para que eu lhe dê a minha modesta opinião crítica sobre esta sua recente obra.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

• A melhor "transa"

Um dia vi um desafio num fórum de discussão na net.

Um desafio à memória íntima de cada um de nós. Um desafio em forma de quiz. E a questão era esta: "qual foi a melhor transa em que foste parte activa?".

Bom, não era bem assim nestes exactos termos - talvez noutra terminologia assim como que a descambar para o calão - mas, por agora, fiquemos por aqui.

Pus-me a consultar as minhas memórias. E enquanto desfilavam recordações dentro da minha desgastada caixa craniana, eis senão quando o pensamento toma um rumo diverso.

E porque não questionarmo-nos antes como poderia ser a melhor cópula que o nosso imaginário mais profundo pode inventar, em vez de limpar o pó a páginas viradas da vida real?

Fui antes por esse sendeiro e dispus-me então a gravar de forma concreta as sensações que se viveriam nesse caminho irreal, em linhas de texto que aqui vão começar a fluir, como águas represadas quando se encontram finalmente livres.

Comecei assim a escrever o que no meu imaginário há muito já tinha sido criado. O cenário de que vou falar-vos é o que observei numa jornada onírica que me levou até um reino que não carecem de procurar em qualquer atlas ou GPS nem de localizar em época histórica alguma.

Nesse reino, os homens e mulheres não conheciam taboos alguns no que ao sexo diz respeito.

Como tal, e segundo os costumes locais, até mesmo a preparação da sucessão do rei e a continuidade da dinastia vigente não constituia qualquer segredo de estado e era mesmo do conhecimento de todo o povo. Naquelas paragens e entre aquelas gentes, isso era assunto supremo a que davam o máximo relevo e nada deixavam ao acaso, como em nenhum outra sociedade organizada jamais se vira.

Eis um resumo do que escutei dos seus costumes: o casamento real era programado em função do êxito da empreitada de procriação do descendente primogénito do casal de suas altezas. O dia da boda teria de coincidir com o fim do período fértil da futura raínha. De modo a que um mês decorrido depois desta, os noivos tivessem só então o primeiro e decisivo contacto sexual com vista a ser gerado o seu primeiro filho, herdeiro natural do trono, como em toda a parte deste mundo é usual assim se predestinar.

Mas isto não era ainda tudo o que aquele povo idealizava para o primeiro encontro simbólico dos seus dois soberanos, tidos como semi-deuses. Todo o ritual dessa primeira comunhão física era deveras inusitado.

Por enquanto e aqui e agora, não revelarei mais desta história.

Já deixei escrito parte do que a minha imaginação me ditou. Uma descrição detalhada do ritual de acasalamento do Rei e da Raínha. Ainda não acabei, no entanto, de escrever o antes e o depois.

Conto fazê-lo num futuro "retiro espiritual" que vou empreender brevemente.

Aqui ficam para já estas palavras que espero possam despertar curiosidades sequiosas de mais. Não quero parecer pretensioso, mas creio que o mundo não terá ainda lido um romance com a carga erótica deste que vou ter de terminar, para deixar a minha contribuição para o acervo cultural da nossa civilização terráquea.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

• Um acto falhado

Tentei hoje de manhã usufruir dos últimos momentos de lazer e sol que o nosso verão lusitano nos pode oferecer.

Rumei à Piscina Oceânica de Oeiras, perto desta estátua de um rabo de baleia, em cima ilustrada à noite, e bati com o nariz na porta...

Este espaço público de excelência costumava encerrar em anos anteriores só no dia 30 de Setembro. Este ano, parece que os portugueses já se fartaram do belo do estio...

Eu, por acaso, até aprecio o Outono, estação em que nasci. Sobretudo dos derradeiros folgores do calor, no popular verão de São Martinho. Que, se os deuses o proporcionarem, irei alarvemente* gozá-lo na mítica zona do Cabo de Sagres.

E a propósito disso, tenho um favor a pedir a quem me lê estas linhas, sobretudo àqueles que me lerão com prazer. Mas isso fica para mais tarde...

* Digo "alarvemente" porque farei concerteza inveja a quem tiver de estar a trabalhar nessa altura e já não tiver mais dias de férias este ano. Porque é que os gastam todos na porcaria do vosso querido mês de Agosto, seus tontos?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

• Um grito de alma

Este post é só para desviar a vossa atenção para um outro post no meu blog "Giuseppe Pietrini a presidente", que não é tão seguido - injustamente, creio - por todos vós na blogosfera.

Esse post adopta o mesmo título de um dos melhores álbuns dos Ornatos Violeta: "O Monstro precisa de amigos".

É um texto longo em que eu desnudo a minha santa e pecadora pessoa quase integralmente para todos vós, caros voyeurs, e em que espero conquistar-vos para a minha causa, bem como o vosso coração.

Aguardo os vossos comentários em catadupas. Ajudem-me, por favor.

domingo, 12 de setembro de 2010

• Pedimos desculpa por esta interrupção


Este blog segue dentro de momentos, ou seja, dias.

Vou ter de fazer um intervalo que pode ser alongado no tempo sem me ocupar de filosofias baratas. Valores mais altos se levantam, como se acostuma dizer. E um desses valores é o amor... 

Viva o Amor!

Vide este meu post recente noutro blog meu.

domingo, 22 de agosto de 2010

• Um ano...


Faz hoje um ano que tomei a tardia resolução de criar um blog.

Já me sentia meio info-excluido por não ter uma coisa destas. Todo o bicho careta tem e eu a vê-los passar...

Também estava alojada em mim a mesma presunção dos demais, a de que têm algo para contar ao mundo, arrancado down the memory lane das nossas singulares pequenas existências. Somada a outra, a de que julgo saber escrever de forma a cativar o incauto leitor que por aqui possa desaguar, de quando em vez.

Só me faltava a força de vontade para vencer a inércia. Isso e a essência, o fio condutor que seria comum a tudo a que aqui viesse a ser postado. O tema, enfim, a razão de ser que justificasse que mais um blog aparecesse. E que não fosse apenas mais um blog entre tantos outros que o antecederam.

A reflexão que conduzi há um ano atrás levou-me a produzir as seguintes considerações:
  • Todos nós, seres humanos racionais, possuimos a capacidade de ter visões ou ideais.
  • Alguns de nós, menos do que os anteriores, conseguem reflectir sobre esses ideais conscientemente.
  • Alguns de nós, menos do que os anteriores, conseguem expressá-los convenientemente.
  • Alguns de nós, menos do que os anteriores, conseguem passar essas expressões para a forma escrita adequadamente.
  • Alguns de nós, menos do que os anteriores, conseguem fazer com que essas expressões escritas se tornem interessantes para os outros seres humanos.
  • Alguns de nós, menos do que os anteriores, conseguem fazer com que essas expressões escritas interessantes sejam publicadas em suporte papel*.
  • Alguns de nós, menos do que os anteriores, conseguem fazer por fim com que essas publicações dos seus ideais ganhem a eternidade.
E eu pergunto: quantos seres humanos, tais como eu e vós, caros leitores, não terão vivido e morrido, levando consigo para a cova tantas e tantas visões ou ideais que tinham um potencial interessante, que podiam ter alcançado esse estatuto de coisa eterna, e que, por inépcia, nunca chegaram a ser partilhados com os outros? Imensos, imagino eu... Tantas visões ou ideais que se perderam assim para sempre... O que não seria da humanidade hoje se essa inevitável perda não existisse...

Eu não sei ainda se aquilo que eu escrevo tem alguma valia.

Mas quero dar uma chance a mim de não ser perdido aquilo que eu penso e que posso e quero partilhar com o resto da humanidade.

As ideias que aqui deixo não serão concerteza todas concretizadas por mim sozinho. Nem Leonardo da Vinci conseguiu tal feito com as suas, quanto mais eu, que não tenho nem um décimo de seu engenho e empenho. Sin embargo, estas minhas ideias vão continuar a quedar-se aqui, á mercê de quem lhes possa dar uma vida para além deste blog.

* Aqui na blogosfera é ao contrário: primeiro os ideiais de cada um aparecem publicados - graças a esse poder de expressão que a internet nos deu a todos - e depois é que o resto de todos nós os julgam interessantes ou não. Viva a internet...

sábado, 31 de julho de 2010

• Royal Falcon Fleet RFF135

O sarcasmo inglès deleita-se a lembrar-nos que há dois felizes na vida de um homem: o dia em que compra o seu barco e o dia em que depois o vende.

Posso bem compreender este conceito. À uma, por causa do clima nas costas das ilhas britânicas pouco convidativo ao desfrute de passeios no mar. Por outra, devido ao paupérrimo design dos barcos da actualidade. Habituado que estou a perscutar à laia de simples curioso as novidades em salões náuticos abertos ao zé-povinho - vulgo coisas como a Nauticampo na FIL, que aliás este ano perdeu essa designação - regra geral fico sempre desapontado com uma certa falta de originalidade de quase todos ou mesmo todos os modelos de barcos apresentados por diferentes fabricantes nacionais ou estrangeiros.

Desde que os barcos de recreio são feitos predominantemente em fibra de vidro que lhes deixei de achar piada. E passei a abominar certos detalhes de construção algo "queques", diria até "maricôncios", dos actuais barquitos.

Para mim, barco de um homem que se preze são as saudosas lanchas ligeiras de madeira de mogno envernizada, com aquele iconográfico design retro da Riva, cujo habitat natural são os grandes lagos na fronteira da Suiça com a Itália. Mai'nada!... E para aqueles que não sabem do que falo, clicai aqui.

Barcos de maior porte, em fibra, cabinados e com a posição do homem do leme demasiado confortável, ao abrigo tanto de valentes intempéries como de suaves brisas, cá p'ró rapaz ça ne va pas....

Mas eis que num outro recente dia este meu dogma sofreu um duro revés. Estava eu a folhear a revista "Christophoro", edição do representante da Porsche aqui ao lado em Espanha, quando os deuses me ofereceram esta visão desta maravilha que é o iate Royal Falcon Fleet RFF135, concebido pela Porsche Design. Ora mirai em baixo:


Assim que vi este portento de criatividade, diisse para mim mesmo: até qu'enfim, um barco grande que não envergonha o seu afortunado dono. Até qu'enfim luxo e conforto sem prejuizo da nossa testosterona.

Para quando um proprietário luso de um exemplar desta absoluta maravilha? Para quando vê-lo a navegar nas águas mansas do Algarve? Ou quiçá no Alqueva... Se o maior lago artificial da Europa não constituir uma "gaiola" demasiado restrita para esta grande "ave"...

Ah, se eu tivesse o montante de "guito" adequado à aquisição de um destes iates, poria em prática a ideia peregrina de o transformar em sala de reuniões móvel, à disposição de empresas promotoras de eventos. Olhai só para este belíssimo hall de entrada para o espaço a disfrutar:


quarta-feira, 30 de junho de 2010

• O Saramago

José Saramago parou de escrever*.

E a pergunta mais importante que nos deviamos todos pôr a nós próprios, portugueses e cidadãos do mundo, depois deste acontecimento é: e agora?

Sim, e agora? Quem é que vai escrever no lugar dele, como ele o fazia?

E sobretudo quem vai levantar lebres como ele tinha o consanguíneo deleite em fazê-lo para abalar as nossas adormecidas consciências? Quem nos vai sacudir para nos acordar? Quem nos vai avisar que andamos cegos?

Será que esse alguém já nasceu? De novo na Azinhaga da Golegã, entre os que o conheceram de forma mais próxima? Ou noutra azinhaga qualquer deste vasto Portugalito?

É que Saramago faz-nos falta. É desígnio urgente que uma voz da alma como a que ele tinha volte a falar. Necessitamos de novo de quem nos faça pensar. De quem debite pensamentos diferentes. Mesmo que estes sejam ideias peregrinas, como aquela que um dia Saramago teve de promover o voto em branco.

Ideia esta que até não me desagradaria num futuro próximo. Pois sou candidato à Presidência da República e "Branco" é o meu nome do meio.

Bem, não sei se tenho valia para pegar no testenunho que ele estende desde o além em que agora caminha com a espinha direita, como sempre o fez. Mas alguém tem de pegar nesse ferro e continuar a corrida. Já que eu me creio prenhe de outras ideias peregrinas, ou não tivesse fundado este blog...

Não quero pecar por imodéstia. Não vou proclamar já que sou eu essa voz que urge retomar presença. E antes do mais, vou ver se começo a ler o meu primeiro "Saramago", que ainda não li nenhum. Encetarei, talvez, pelo "Ensaio sobre a Cegueira", que uma alma forasteira um dia me recomendou. Assim que termine a leitura de "Eu, Buddha", de José Frèches.

* José Saramago parou de escrever tão só. Parar de existir tornou-se uma impossibilidade depois de ter deixado o que o deixou escrito. 

segunda-feira, 31 de maio de 2010

• Os pacotes de açúcar do café Nicola

Há dias em que a um homem apetece deixar tudo para trás e partir.

Operação Berlengas oficialmente iniciada.

Deixarei tudo para trás mas não olvidarei de reflectir sobre o sentido da vida. E aqui a este blog voltarei daqui a uns dias para dar expressão ao que tiver dado fruto da meditação a que me entregarei. 

sexta-feira, 30 de abril de 2010

• FarmVille e possíveis sinergias

Este fenómeno do FarmVille rodeia-me por todos os lados e não posso deixar de reparar nele.

Não consigo compreender o entusiasmo e a viciação que este passatempo online desenvolve naqueles que o experimentam uma vez. Até chego a ter pavor de cair na tentação, não vá ficar todo agarradinho.

Foi a minha filha que me anunciou a boa nova, já faz quase um ano. E em diálogo recente com ela - diálogos estes que são para mim sempre particularmente frutuosos, pois creio com orgulho que a minha descendência herdou os meus genes da curiosidade pelo mundo que nos rodeia e a apetência por absorver novos conhecimentos e saberes - pus-me a cogitar sobre como rentabilizar este crescente interesse do povo pela ciber-agronomia.

E saiu-me isto: que tal promover as melhores quintas do FarmVille reproduzindo a réplica destas no mundo real? E fazer com que este tempo que as pessoas perdem neste passtempo online impulsionasse a economia real, para a ver florescer mesmo?

Eu não imagino agora como o fazer. Existem questões técnicas para as quais a minha filha alertou o meu cérebro dormente no assunto. Como o ter de adaptar as escalas de tempos do mundo virtual e do real, por exemplo. Mas o que sinto é que urge aproveitar esta "movida" que o FarmVille despertou nas gentes.

Fica aqui o desafio para todo um colectivo de leitores deste blog. A ver se isto é mais do que uma ideia peregrina nascida duma mente inquieta e desassossegada.

Mas voltando ao ciberespaço e deixando aqui à terra mais uma semente do pensamento: e que tal se várias quintas de pequenos e-latifundiários se unissem em cooperativas virtuais? E se estas promovessem no online produtos típicos regionais ou ícones da economia nacional, tais como a maçã de Alcobaça, o leite Vigor das vaquinhas de Odrinhas, a broa de Avintes, os presuntos de Chaves, o vinho verde Alvarinho ou as ameixas de Elvas?

sexta-feira, 12 de março de 2010

• É que nem pensem!...

É que nem pensem em faltar a esta convocação para uma causa grande!...

Acham piada a "Movimento Perpétuo Associativo" dos Deolinda? Então não podem agora nesta iniciativa pronunciar o cínico "vão sem mim qu'eu vou lá ter".

Vamos lá a inscrevermo-nos todos aqui.

Venham daí, qu'isto até vai ser uma paródia valente, com uma malta porreira e danada p'rá brincadeira. Isto para pôr as coisas ditas na terminologia mais usual do nosso querido povo. Para vos incentivar, ó pessoas. E no fim até vamos praticar uma boa acção a nós mesmos.

Como no célebre slogan do "Rock in Rio", agora é que é caso para gritar, e com propósito: "Eu vou!".

domingo, 21 de fevereiro de 2010

• O iPad

Para mim, o indivíduo que tem um PC e que desconhece a existência dessa ferramenta informática de excelência que é o Macintosh é invariavelmente um pobre coitado que ainda não viu a luz, que só me merece a compaixão devida aos ignaros, que andam nesta vida como cão por vinha vindimada.

Sou um daqueles tipos que chorou quando no filme "Forest Gump" aparece aquela alusão subliminar àquela "companhia de fruta" que o tenente veterano do Vietnam diz ter fundado, numa carta endereçada ao semi-insano personagem central daquela curiosa história. Tive aí nesse relance a ideia precisa da dimensão do mito que a Apple representa para os americanos.

Isto não me impede contudo de poder reconhecer que a Apple também pode produzir flops, como foi o caso, já longínquo no tempo, do Newton, essa coisa que iria fazer toda a gente querer ter um PDA.

Este foreplay induzirá a quem o lê a julgar que eu vou a seguir desancar neste gadget agora anunciado pela Apple. Não é o caso. Por duas razões, a saber: não vou aqui neste blog fazer publicidade gratuita a más ideias; não é esse o intuito deste nem quero perder o meu tempo com coisas menos conseguidas. Há ainda tantas boas ideias disponíveis para falar delas... Ah, e a segunda razão é porque creio firmemente que o iPad vai ser um produto de sucesso.

Os pobres espíritos detractores da marca da maçã já levantaram as suas vozes de asnos para recordar que este iPad não faz uma série de coisas. Pois é, não faz porque não tinha de fazer mesmo tudo. Não é para ser mais um laptop. Mas faz outras coisas que vou realçar adiante para quem tem olho.

O iPad permite ler informação contida em qualquer site ou no Google Maps. De uma forma finalmente confortável, em relação áquela em que consultávamos essa informação nos nossos telemóveis. É que, sejamos francos: nem que fossemos os felizes donos de um iPhone, ver um site no telemóvel é uma seca. E isto mesmo apesar dos esforços de alguns webmasters mais esforçados de se produzir conteúdos especialmente para pequenos formatos de écran. Como por exemplo, o site do jornal Record para a PSP da Sony.

Simplesmente não dá. Os operadores de redes móveis ainda se interrogam de os seus clientes não aderirem mais à internet no telemóvel... nem é por vezes por um questão de custos. É que não dá mesmo. E com o lançamento do iPhone até já se deu um salto qualitativo enorme para os utentes deste serviço. Mas nós, naturalmente, queriamos mais.

Quando falamos de internet, também podiamos referir a TV no telemóvel ou mobile TV, como se queira. Finalmente com o iPad vai valer a pena subscrever estes serviços. Finalmente vou poder assistir ao Grande Prémio do Mónaco de Fórmula 1 onde quer que eu esteja. Bem, desde que tenha rede da Optimus, claro...

E como o iPad não é um computador portátil - nem tinha de ser, afinal - é mais rápido de ligar, ou seja, de aceder a essa informação na net, necessária num dado momento, quando chegamos a uma cidade qualquer. E é mais fácil de transportar. Vale bem mais a pena gastar o meu dinheiro neste iPad do que num Mac Book Air, digo eu.

E finalmente vou poder ler a minha longa colecção de e-books, brochuras e revistas em formato PDF que descarrego da net na rua. No jardim da Fundação Gulbenkian, quiçá. E de uma forma mesmo mais confortável do que num portátil.

Só não me vou render é a usar o teclado no visor do iPad, creio. Vou preferir actualizar este blog com o iPad assente sobre uma dock, como se vê na imagem em cima no início deste post, e com aquele teclado fininho. Teclado este a que não acho grande piada a ser usado com um iMac, mas com o iPad parece feito sob medida.

Enfim, uma vez por outra, num post mais curto, admito usar o teclado no visor do iPad... isto se eu fôr, claro, o feliz contemplado com a oferta de um destes brinquedos. Porque no horizonte temporal que decorre desde hoje até á sua saída no mercado português, não vejo que eu possa despender o que este custa, assim, sem mais nem menos. Este blog ainda não dá para eu viver do que aqui escrevinho... Hei-de publicar uma "wish list" para os meus fãs - onde quer que estes se encontrem - me poderem mimar. Ou pelo menos para que estes permitam que este blog subsista, se vier a ter valia para esse merecimento.

(fonte das imagens acima (retocadas): site da Apple)

domingo, 31 de janeiro de 2010

• Avatar, o filme

Há muito tempo levei uma grande lição de alguém que me quis levar a ver um filme de James Cameron. Tratava-se na altura do muitíssimo mediatizado "Titanic". Desdenhei durante muito tempo esse filme, sobretudo porque todo o bicho careta já tinha ido vê-lo nas salas e o dizia depois obrigatório. Por embirração tonta de não querer seguir o mainstream, nunca fui assistir nos cinemas este "Titanic", para não dar o meu contributo para a fortuna do Jaime Camarão. Mal avisado andava eu pelo meu subconsciente, descobri depois com pena...

Agora surge este "Avatar" e eu já me quedo em respeito pela obra deste realizador. E desde a sua estreia que desejei assisti-lo numa sessão em 3D. Sobretudo para vê-lo com um olho clínico dum entusiasta de computer graphics do que pelo argumento. E não dei o meu tempo por perdido ao constatar nesta obra the shape of things to come em termos dos assim chamados efeitos especiais.

Dois pensamentos me ficaram. O primeiro, parecer-me que estes efeitos especiais serão menos difíceis de empregar em cenas de grande movimento. Não é assim facilitada a tarefa a quem como eu, está à cata das pequenas imperfeições. O movimento rápido pode perfeitamente encobri-las. E um dos filmes que vi recentemente na pantalha doméstica em que abusaram disso descaradamente foi o horripilante "Transformers".

O segundo e último pensamento preliminar, ainda a quente é que... sendo eu um dos tipos que gosta de ver até ao fim o genérico e ficha técnica no final do todo o filme em sala - invariavelmente ficando sempre como o último humano a sair do escurinho, pisando as pipocas deixadas pelo chão de alcatifa pelos demais - estou seriamente a considerar abandonar este hábito absurdo. É que estas fichas técnicas parecem cada vez mais listas intermináveis de nomes de pessoas que colaboraram na feitura do filme. Por muito menor que tenha sido a contribuição de cada um daqueles nomes. Fica aquela sensação que copiaram todas as entradas da lista telefónica da Cidade dos Anjos. Da próxima vez vou estar atento a ver se mencionam até mesmo as senhoras da Servilimpe, cujo papel deveria também ser merecidamente referenciado.