domingo, 25 de fevereiro de 2024

• French fries

Nunca percebi porque os yankees chamam às belas das batatas fritas “french fries”… Isto porque julgo que quem popularizou a fritura destes tubérculos importados da América do Sul foram os belgas.

Que são mesmo elevadas a uma importante instituição gastronómica nesse plat pays. A ponto de toda a gente, locais e forasteiros, as comerem à ganância passeando pelas ruas e as misturarem com quase tudo. Inclusivé com mexilhões e numa espécie de cataplana.

Adiante. O facto é que os franceses resolveram fazer esta curiosíssima campanha publicitária a alertar para o abuso do seu consumo e a aconselhar compensá-lo com a ingestão de outros alimentos ditos mais saudáveis, tais como fruta e legumes.

E isto ainda por cima vindo dessa multinacional americana do fast food, conhecida pelos seus golden arches. Facto também curioso é que neste singelo anúncio de imprensa de página inteira os famosos arcos aparecem a preto e bem pequeninos, provocando que este esteja assinado duma forma que roça quase o anonimato.

Anúncio este que saiu pelo menos uma vez na revista Geo francesa de Maio de 2023, cuja capa se ilustra aqui acima. 

sábado, 27 de janeiro de 2024

• Coffee machines

Eu jamais hei-de aderir a essa moda de termos coffee machines em nossas casas. Sobretudo aquelas que usam cápsulas de plástico com o café já moído.

Quanto muito admito a hipótese de ter uma máquina DéLonghi, porque estas têm um moinho de café incorporado - daí o seu lema "do grão à chávena" - e assim serão as que mais de perto se assemelham às máquinas tipo industriais vulgares de Lineu da larga maioria das cafetarias portuguesas.

Mas não há nada como o ritual de sair à rua, abandonar a nossa zona de conforto do lar, doce lar, para ir saborear uma bica (beba isto com açúcar) ou um cimbalino, mesmo ao frio e à chuva, pela manhãzinha. E ver aquelas caras habituais da comunidade em que vivemos. Que dá aquela sensação de pertença a uma sociedade local.

Agora… O design brilhante desta coffee machine que vemos acima no topo deste post pode fazer com que eu reveja e reflicta sobre todos estes dogmas cafeinómanos que a mim mesmo imponho. E compre uma destas um dia.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

• Inteligência Artificial

Este ano que agora vai findando falou-se muito dessa coisa que designamos por IA, Inteligência Artificial.

E como estamos no Natal, alguém terá querido apelar para a dita IA para reproduzir um presépio ou nativity scene, como os falantes da língua de Shakespeare dizem.

O bonito resultado dessa pesquisa científica está na imagem acima, que ilustra este post

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

• A Pastelaria Faruque

Odivelas não será o concelho onde melhor se vive em Portugal. Mas não deixa de ter algumas preciosidades e vantagens de maior valor. Sendo a Pastelaria Faruque um desses casos.

No Largo D. Dinis, no casco viejo desta cidade podemos deliciar-nos com talvez dos melhores croissants deste país. Mas seguramente com a melhor marmelada deste mundo dos deuses.

Algum génio nesta pastelaria acordou um dia com a ideia peregrina de combinar a marmelada branca de Odivelas com outro ícone doce. E a escolha recaiu não sobre o croissant mas antes sobre uma massa algo semelhante: a do bolo-rei.

A foto acima é do Instagram da Pastelaria Faruque e mostra a sua esplanada num belo dia de céu azul limpo, bem característico da luz do dia da região da grande Lisboa. E lá está a ainda não afamada versão de bolo-rei deles.

Esta foto foi responsável por eu ter ido a correr comprar esta maravilha. A coisa não está má de todo… Mas talvez eu prefira ainda a combinação da marmelada branca de Odivelas com uma massa folhada, como aliás outra pastelaria, a Viriato, já fez um dia.

De qualquer modo, é de aplaudir esta inovação que a Faruque resolveu criar. Como eu comentei lá no Instagram deles, perfeitamente digna dum prémio Nobel. Nem que seja necessário criar uma nova categoria deste prémio, se não se inserir esta ideia nas já existentes.

Vou só deixar aqui uma sugestão para outra inovação: recriar a marmelada branca de Odivelas como se fazia no início, antes do açúcar entrar na nossa dieta. Com mel. Ou como espero se fará um dia no futuro, com stevia.

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

• Os pacotes de açúcar do café Nicola II

Estes pacotes de açúcar do café Nicola são assim uma espécie de fortune cookies dos restaurantes chineses, não?…

O que me calhou num outro dia - por força dum cimbalino que tomei no Red Coffee café, propriedade dumas gentis pessoas que gostaria de considerar como amigos - é muito irónico…

É que eu acho que há muita coisa que me pode de facto parar. E vou passar a elencar algumas:

  • Sou cuidador informal da senhora minha mãe desde que este aziago ano debutou,
  • Estou com algum desequilíbrio no meu estado de saúde desde Junho passado,
  • Não posso ausentar-me da minha casa mais do que uns 5 a 10 minutos porque as águas despejadas das máquinas de lavar ou das pias das cozinhas dos três pisos acima do meu rés-do-chão estão a inundar-me a cozinha, desde Agosto do ano passado, situação que se agravou desde há uma semana a esta parte.

O que vale é que este é o meu mês preferido do ano. O mês em que nasci. Que nos presenteia com um calorzinho estival, para quem como eu ainda não teve chances de ir numa praia ou numa piscina. O chato é que essas chances continuam a não existir para mim…

Preciso tanto de ajuda!… Estou sozinho a lutar contra muita adversidade. E a chegar aos meus limites. 

Oxalá alguma alma caridosa olhasse para a minha conjuntura negra e me desse uma mão. Ou o seu tempo. Ou as duas coisas.

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

• Estou velho...

Porque estou a desistir dos meus sonhos. Não todos e não para sempre. Mas sem data para os recuperar. Esta travessia do deserto parece não acabar mais…

Lamentos não tenho. Apesar de toda a actual conjuntura, o panorama futuro não é maioritariamente obscuro. Pelo menos não ainda. Afinal de contas, estarei tão-só meio velho, talvez.

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

• Eu sou trans

Sofro muito mesmo. Não porque me faltem bens essenciais. Mas porque almejo que as minhas ideias peregrinas sejam passadas à prática. Tal como Elon Musk pode fazê-lo. E faz.

Ah, se ele ao menos lesse este meu blog… Ele ou qualquer outro magnata excêntrico, para quem o lucro não fosse a última panaceia.

terça-feira, 22 de agosto de 2023

• 14 anos

Há 14 anos atrás que este devaneio de vir a ser um blogger começou. Hoje parece que só eu ainda resisto. Os bloggers nos dias de hoje são vistos como dinossauros.

Mas paciência… Não é ainda agora que vou parar.

quinta-feira, 27 de julho de 2023

• Arte e personalidade

Num cursinho online do IEFP* que estou no presente a frequentar, realizado com recurso à plataforma do Microsoft Teams** dedicado ao tema "História da Arte" foi-me lançado um desafio de mencionar exemplos de pinturas de que eu gostasse e o oposto também.

Gostar é algo em que eu tenho sempre muita dificuldade em resumir o exclusivo a apenas uma coisa…

E assim, reuno aqui várias e variadas obras que mais me tocam. A que atribuo maior nota artística. Isto se me é permitido que tenha valia para poder afimá-lo.

Começando por um mapa antigo da Bélgica e Países Baixos, intitulado “Leo Belgicus”, mostrado no topo deste postGeografia e cartografia são áreas do conhecimento humano que muito me atraem desde petiz. E esta moda que surgiu no séc. XIX de dar formas animalescas ou outras fantasiosas à representação em mapas de nações é simplesmente deliciosa. Pura arte, embora o rigor possa ser sacrificado uma beka

De seguida vem um desenho ou ilustração de Hokusai, artista nipónico do séc. XVI. Intitulado “A grande onda ao largo de Kanagawa”. Esta obra é uma das minhas preferidas para wallpaper nos vários computadores com que trabalho e trabalhei, quer pessoais quer de empresas.

A maestria dos desenhadores ou pintores japoneses está no meu personal top. E por isso aqui fica um exemplo recente dum desenho duma paisagem onde impera o Fujiyama  - what else is new?… - muito ao estilo dos Studios Ghibli, famosos pelos seus filmes de animação.

Admirável para mim são também os desenhos ou ilustrações de magníficas paisagens do Império do Meio, de muitos séculos atrás, após a invenção do papel por essas formiguinhas que são os chineses.

Ainda na Ásia, sempre causou fascínio em mim a arte sacra de religiões como o hinduísmo, de que mostro aqui uma ilustração moderna de Shiva e Parvati, divindades que foram os progenitores de Ganesha, noutra ilustração, esta mais clássica.

Prosseguindo na arte sacra oriental, passo agora a mostrar a deusa Kwan Yin, da mitologia budista chinesa. Que também é presente no Japão, onde tem aí o nome de Canon.

A arte aliada à propaganda de ideologias políticas é mais um dos meus fascínios. Aqui ficam dois exemplo de posters, um do tempo da saudosa - para alguns - URSS, União da Repúblicas Socialistas Soviéticas, e outro do tempo da Revolução Cultural promovida por Mao Zedong, da República Popular da China.

Agora vamos ao mais doloroso... Do que será que eu não gosto mesmo nadinha, hum?…

Prefiro dizer antes gostar menos. E aqui vou pôr-me a jeito para ser desancado por uma larga maioria.

Não aprecio a obra da ilustre pintora londrina Paula Rego. Prontes, tá dito!...

Reconheço nela um estilo muito próprio, singular, notável até. Mas julgo-a talvez overrated. E os seus quadros provocam-me alguma repulsa. Arrepios de puxar por depressões.

Certo, não deixam de ser emoções. Que a artista meritoriamente provoca no público, não só em mim, com certeza. Mas que eu dispensaria. E destas quero é fugir a este pés. Não quero ser arrastado para o universo de Paula Rego. Prefiro desviar o olhar.

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* IEFP,  Instituto do Emprego e Formação Profissional.

**Que o meu velhinho Macbook Pro com mais de uma década de utilização intensiva não aprecia lá muito…

quarta-feira, 19 de julho de 2023

• Home library

Na sequência da minha reflexão em modo autoconhecimento que resumi recentemente num post dum outro dos meus blogs, venho agora neste traçar um objectivo de vida tardio: arranjar um lugar bem digno onde possa reunir todos os meus livros, para depois deixar em herança esse vasto acervo.

Para não deixar essa tarefa a quem cá ficar quando eu partir.

O melhor exemplo que eu encontrei de decoração de interiores para uma sala tipo biblioteca particular, onde os meus livros ficariam, está na imagem que ilustra este post, acima.

Há no entanto alguns detalhes que eu mudaria nesta sala... A saber:

  • Os livros deveriam estar suficientemente afastados ou preservados duma exposição directa à luz solar vinda através da superfície vidrada ao fundo.
  • Igualmente da lareira*, fonte de calor quando usada.
  • Os livros deverá ser guardados nas estantes sempre deitados na horizontal e não em pé**, como aliás já o pratico neste apartamento onde actualmente vivo.

As profundidades das diferentes estantes e prateleiras devem ser diversas e adequadas a diferentes colecções de livros com larguras similares. Nada de prateleiras com profundidades todas iguais.

Nesta biblioteca particular estarão não apenas livros mas também várias colecções de revistas temáticas - de fotografia e geografia, principalmente - e as milhentas brochuras e folhetos que sempre reuni por deformação profissional de designer gráfico e arte-finalista. Todas estas guardadas em caixas arquivadoras e na vertical, desta feita.

Nestas mesmas estantes de livros estarão espalhadas um pouco ao acaso vários pequenos tesourinhos que também possuo: matriokas, bibelots, estatuetas, cristais, outros objectos curiosos, etc..

Se um dia concretizar este objectivo, talvez venha a lançar todas estas tendências que aqui descrevi. Quem sabe…

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* Aliás, é uma boa regra empírica sempre instalar uma lareira encostada a uma parede interior, nunca a uma exterior. Isto para que o calor produzido não se dissipe escusadamente para o exterior da habitação e fique todo contido dentro de quatro paredes.

** Tive sempre esta impressão que livros guardados em pé farão sempre com que a encadernação fique em esforço na sua parte superior, quando o livro tem uma capa dura com uma área maior do que as páginas no interior, ficando estas em suspensão. Mas na arrumação de livros na posição horizontal não se deve também ter em cada prateleira mais do que dois a três livros. De modo a que o livro que estiver mais em baixo não sofra com o peso excessivo de todos os outros que lhe estão acima, provocando eventualmente a colagem das suas páginas devida à pressão exercida pelos outros.

quarta-feira, 28 de junho de 2023

• Monk strap shoes

Fui desafiado no Twitter a mostrar o que para mim será o sapato social masculino que mais acrescenta ao estilo dum gajo.

Há vários anos que não quero outra coisa para o meu pézinho que estes calcantes que os britânicos apelidam de “monk strap shoes”.

Descobri com orgulho e não grande surpresa que uma das marcas de calçado que produz alguns dos mais bonitos sapatos desta categoria no mundo inteiro é portuguesa de São João da Madeira: a Carlos Santos Shoes.

A Camport, outra marca portuguesa que em termos de design está nos antípodas desta última parece que encerrou… Paciência para quem preferia sacrificar a beleza ao conforto. Por mim, não se terá perdido grande coisa.

Além do site oficial, vou deixar aqui também o link clickável para aceder à página do Instagram da Carlos Santos Shoes, porque está simplesmente brilhante. Excelente fotografia.

terça-feira, 30 de maio de 2023

• Liquidação total

Vou entrar em liquidação total. Vendo livros, revistas, documentos históricos, colecções de selos e moedas, relógios, bibelots, etc..

Até eu mesmo vou estar à venda. A alma já está praticamente prometida ao diabo. O corpo ainda está em leilão. Tudo, tudo em excelente estado. É ver para crer.

E vou começar com uma pequena amostra do meu inventário. Uma rara moeda de 250$, duma edição especial comemorativa dos Jogos Olímpicos de Seul 1988.