terça-feira, 18 de maio de 2021

• Voyage, voyage...

“Navigare necesse, vivere non est necesse.”
- Pompeu, general romano, séc. I A.C.

Muitos anos mais tarde, no século XIV, Francesco Petrarca, poeta florentino, repetia este lema, “Navegar é preciso, viver não é preciso.”. Que muita gente atribui a Fernando Pessoa. “Quero para mim o espírito desta frase”, escreveu este último.

Navegar é preciso?

Sim, no sentido que navegar é viajar. Fazia-se com bússolas e astrolábios, antigamente. Hoje, faz-se com recurso a outros meios ou ferramentas: satélites, GPS e até na World Wide Web, dum modo virtual, como hoje se impõe...

Mas então perguntaremos também todos nós, viver afinal não é mesmo preciso?

Não, quando navegar é sonhar, ousar, planear, arriscar, empreender, realizar… Porque aí, navegar é viver!

Há exactamente um ano atrás refletia eu neste blog sobre o oposto, sobre essa premente necessidade de viajar… Num pensamento infectado pela pandemia que ainda hoje perdura. Para o relembrar, cliquemos aqui.

Viajar, segundo Flaubert, faz-nos ter consciência da nossa pequenez. E esta maldita pandemia fez-nos ver quão frágeis nós somos.