domingo, 20 de novembro de 2011

• Uma pedra mais para o meu castelo - intro

A minha existência está num estado de alargada indefinição. Não sei que rumo vou levar. Mas posso ao menos sonhar, como se nada me impedisse um dia de os sonhos serem concretizados.

Steve Jobs foi convidado pelas divindades a inventar o iHeaven. Mas deixou-nos a sua filosofia. Mostrou-nos a todos como devemos ser inovadores.

Tal como ele tratou de repensar esse objecto que passou a ser tão largamente usado por todos, o telefone móvel, e fez nascer o iPhone, também nos seus poucos tempos livres gostava de se ocupar de redesenhar a sua própria cozinha. De modo a que esta fosse o mais funcional possível.

É com esse espírito que eu vou ver aqui se consigo imaginar o que seria para o Steve uma iHome.

Vai ser inaugurado então neste blog uma série de posts com o rótulo "Uma pedra mais para o meu castelo". Em que serão apontadas ideias à laia de subsídios avulsos para a casa ideal. 

A ideia primeira a ser assente é tão-só esta: uma casa é quase sempre concebida para nela ser vivida uma vida de casal. Que pode crescer e mutiplicar-se. Dar frutos. Passar a ser uma família com uma prole que pode ser numerosa.
Por isso numa casa há que prever salas que são quartos de dormir em quantidade mais generosas que outras divisões, geralmente em número singular, como a sala de estar ou de jantar.

Como eu não sei prever se vou continuar o resto dos meus dias em vida de casal ou não, e como não quero duma forma ou de outra viver esse dias que me restarão só numa casa grande, vou pensar o meu lar segundo um modo de vida que os novos tempos vêm trazendo.

Estou a falar de uma casa que estará sempre recheada de hóspedes, para sentir o pulsar de gente plural dentro. Se não for com uma esposa e com filhos, o meu cantinho abrigará estudantes ou artistas, que alugarão os quartos disponíveis. Gente com intelecto, ao menos, para o convívio diário de todos ser prazeiroso.

E a sala de estar será concebida a pensar no couch surfing, esse fenómeno social a que aderi. De modo a que quando for das férias escolares a casa não se esvazie de gentes e continue repleta de pessoas como que na reserva.

Eis o primeiro princípio da iHome. Uma casa tem de ter sempre a respiração de várias pessoas dentro para ser bom viver lá e não apenas de uma pessoa singular.

Se este princípio eu não conseguir concretizar, mais vale então pensar em ser nómada - e aí mais uma vez o couch surfing terá uma resposta para mim - e abandonar esta vida sedentária que tenho levado quase em exclusivo até aqui.