terça-feira, 3 de dezembro de 2024

• Procuro casa para alugar

 É isto mesmo, procuro casa para alugar. Mais, procuro alguém para partilhar comigo o custo da renda dessa dita casa ou apartamento.

Que pelas minhas conveniências actuais seria a arrendar nas zonas de Venda do Pinheiro, Malveira, Póvoa da Galega ou nas cercanias destas localidades.

Hoje em dia a habitação, que é um direito* consagrado na nossa constituição, está pela hora da morte. Praticamente em todos os países ditos civilizados. E alguma coisa vai ter de ser feita pelos governos desses países. Para garantir esse direito. Não basta o princípio de se proclamar que é um direito.

Deixando livremente o mercado imobiliário determinar os custos das habitações nunca mais estas irão ter valores a baixar significativamente, de modo a que a maioria dos cidadãos os possam suportar sem fazer imensos sacrifícios.

No meu caso pessoal creio que só poderei suportar o encargo mensal duma renda dum apartamento em torno dos seus €600** (seiscentos aérios) se a minha reforma antecipada vier a ser atribuída, finalmente.

Ainda me faltam 2 anos e alguns meses para ter a reforma por inteiro. Até lá espero não ter de me conformar com a minha condição actual: a viver num apartamento de quartos partilhados, com vários imigrantes, sobretudo africanos.

Com a experiência de causa que vou tendo, desde há quase meio ano, não é nenhuma pêra doce, afianço-vos, meus leitores...
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* Eduardo Souto de Moura, um dos dois maiores arquitectos da nossa praça, defendeu um dia que o estado deveria criar um “Serviço Nacional de Habitação”, tal como criou na Saúde o SNS. Assim como o estado garante a todo cidadão cuidados de saúde também deveria garantir acesso a habitação. E já agora, condigna.

** Não existe praticamente senhorio nenhum que ofereça uma casa decente, por pequena que seja, tipo T0 mesmo, por valor inferior a estes €600. E digo por todo o país, não só nas grandes áreas metroplitanas de Lisboa e Porto.

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