domingo, 30 de agosto de 2009
• Faits divers
Vou abrir um precedente a fugir á linha editorial que tinha predefinido para este blog. Isto porque não tenciono criar ainda outro blog apenas para publicar "fait divers" como este.
O que sucede é que os meus olhos bateram de fente neste belo cartaz dum evento que costumo seguir e não resisto a fazer aqui a divulgação desta singular ideia criativa. Pôr uma rede dum court de tennis na ponte de Brooklyn para ilustrar o torneio do Grand Slam de New York deste ano, quanto a mim é fenomenal.
O que sucede é que os meus olhos bateram de fente neste belo cartaz dum evento que costumo seguir e não resisto a fazer aqui a divulgação desta singular ideia criativa. Pôr uma rede dum court de tennis na ponte de Brooklyn para ilustrar o torneio do Grand Slam de New York deste ano, quanto a mim é fenomenal.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
• E que tal conduzir um Bugatti Veyron?
Uma ideia peregrina concretizada por outrém que não eu, que torna este sonho colectivo de guiar una bella macchina com mais de 1.000 cv um pouco mais ao alcance de todos nós.
Em Paris, cidade capital do hexágono, não muito distante do nosso rectângulo, canteiro à beira-mar plantado, podemos dirigirmo-nos à Auto Sport Solutions, empresa de aluguer de viaturas desportivas e de prestígio com opção de compra. Se formos munidos da quantidade de dobrôes adequada, existe a forte probabilidade de regressarmos depois a voar á nossa Lusitânia querida. E não digo através da TAP, que até poderá nesse dia resolver não bater asas, devido a alguma previsível greve estival, mas aos comandos de uma máquina que voa baixinho. Depois é vermos a cara de espanto dos emigrantes que regressam daquela aldeiazita perto de Figueira de Castelo Rodrigo, rolando indolentemente - pudera, eles estão agora a regressar aos seus HLM da banlieu, coitados - na faixa contrária de uma das várias "autoroutes des vacances".
Só mais duas coisinhas: é pena não estar disponível de momento no site o meu bólide de sonho, um Pagani Zonda... e não haver chafarica filial desta firma de aluguer de viaturas localmente. Já nem peço em Lisboa. Até porque creio que, se um dia esta abrir portas cá, será mais provável que o faça no Porto... ou em Portimão, no novo autódromo que já há algum tempo lá temos.
Em Paris, cidade capital do hexágono, não muito distante do nosso rectângulo, canteiro à beira-mar plantado, podemos dirigirmo-nos à Auto Sport Solutions, empresa de aluguer de viaturas desportivas e de prestígio com opção de compra. Se formos munidos da quantidade de dobrôes adequada, existe a forte probabilidade de regressarmos depois a voar á nossa Lusitânia querida. E não digo através da TAP, que até poderá nesse dia resolver não bater asas, devido a alguma previsível greve estival, mas aos comandos de uma máquina que voa baixinho. Depois é vermos a cara de espanto dos emigrantes que regressam daquela aldeiazita perto de Figueira de Castelo Rodrigo, rolando indolentemente - pudera, eles estão agora a regressar aos seus HLM da banlieu, coitados - na faixa contrária de uma das várias "autoroutes des vacances".
Só mais duas coisinhas: é pena não estar disponível de momento no site o meu bólide de sonho, um Pagani Zonda... e não haver chafarica filial desta firma de aluguer de viaturas localmente. Já nem peço em Lisboa. Até porque creio que, se um dia esta abrir portas cá, será mais provável que o faça no Porto... ou em Portimão, no novo autódromo que já há algum tempo lá temos.
• iPod touch auto
Nos meados dos anos 80 ou 90 do século passado s Sony tinha uma publicidade institucional em França - e concerteza noutros países também mas isso eu não conheço - com um slogan memorável: "J'en ai révê, Sony l'a fait".
Apreciei este slogan sempre, como um amor á primeira vista. Porque este exprimia exactamente a impressão que eu tinha na altura desta marca. Estávamos na altura em que o Walkman já tinha atingido a maturidade e começavam a aparecer os primeiros Discmans. O que a Sony criava então era mesmo aquilo que eu estava à espera que aparecesse no mercado, para corresponder às minhas expectativas de consumidor quase compulsivo de gadgets tecnológicos novos, que depois quase todos nós passamos a não querer dispensar com facilidade.
Hoje é a Apple que toma o lugar da Sony no topo da satisfação das minhas actuais expectativas. Desde que criou o iPhone. Os telefones móveis estavam a ficar cada vez mais complicaditos, com funcionalidades às vezes pouco necessárias e com períodos de familiarização aos novos equipamentos por parte dos utilizadores cada vez mais longos. E então veio a Apple, fez um trabalho de casa excelente e soube sintetizar o que verdadeiramente é importante ter num telefone móvel. E ainda deu um design e funcionalidade ao iPhone dificeis de ultrapassar pelos demais. E se formos falar na simplicidade de uso e facilidade de adaptação e aprendizagem dos utilizadores, aí damos cheque-mate na alegada concorrência a este produto único.
Bom, mas é sempre possível melhorar o que já parece suficientemente perfeito.
Quando a Apple, marca iconográfica na minha vida, como na vida de muitos americanos, lançou o iPod, esta coisa não me despertou muito entusiasmo. O que não foi a regra geral em relação aos diferentes produtos da marca da maçãzinha. Mas desde que, inspirada no iPhone, a Apple criou o iPod touch, eu não páro de colocar este objecto no topo das minhas listas de desejos realizáveis sem grande esforço e a curto prazo. Hei-de ter um, carago!...
Mas enquanto não o tenho, ponho-me a imaginar como o iPod touch poderia ainda ser mais de encontro ao modo como eu quero usá-lo. No automóvel, por exemplo.
A Apple já pensou no assunto, como era de esperar. Mas, hélas, o meu carro não é de nenhuma das marcas indicadas neste site aqui... E nem sequer é muito recente. Isto é, é duma geração em que os carros não vinham quase todos, como hoje, com auto-rádio integrado, desenvolvido especificamente para cada modelo de carro novo.
O que era catita para mim era que houvesse um auto-rádio em que o painel frontal destacável fosse o próprio iPod.
É que, afinal, equipamentos car audio deste tipo - com painel frontal destacável - continuam a fabricar-se. E ainda bem, digo eu. É que prefiro ser eu a escolher o equipamento audio do meu carro do que deixar o construtor do automóvel a escolhê-lo por mim. Mas as tendências actuais são contrárias ao que eu desejaria. O que mais se aproxima do que eu quero e sonho é isto, mostrado na foto em abaixo, adoptado pela Audi para os seus modelos:
Parece que é apenas e só um carregador do iPod, afinal... Damn!...
Oxalá um dia a Bang & Olufsen faça o meu auto-rádio. Se eles quisessem entrar nos meus sonhos, como a Sony o fez em tempos.
Apreciei este slogan sempre, como um amor á primeira vista. Porque este exprimia exactamente a impressão que eu tinha na altura desta marca. Estávamos na altura em que o Walkman já tinha atingido a maturidade e começavam a aparecer os primeiros Discmans. O que a Sony criava então era mesmo aquilo que eu estava à espera que aparecesse no mercado, para corresponder às minhas expectativas de consumidor quase compulsivo de gadgets tecnológicos novos, que depois quase todos nós passamos a não querer dispensar com facilidade.
Hoje é a Apple que toma o lugar da Sony no topo da satisfação das minhas actuais expectativas. Desde que criou o iPhone. Os telefones móveis estavam a ficar cada vez mais complicaditos, com funcionalidades às vezes pouco necessárias e com períodos de familiarização aos novos equipamentos por parte dos utilizadores cada vez mais longos. E então veio a Apple, fez um trabalho de casa excelente e soube sintetizar o que verdadeiramente é importante ter num telefone móvel. E ainda deu um design e funcionalidade ao iPhone dificeis de ultrapassar pelos demais. E se formos falar na simplicidade de uso e facilidade de adaptação e aprendizagem dos utilizadores, aí damos cheque-mate na alegada concorrência a este produto único.
Bom, mas é sempre possível melhorar o que já parece suficientemente perfeito.
Quando a Apple, marca iconográfica na minha vida, como na vida de muitos americanos, lançou o iPod, esta coisa não me despertou muito entusiasmo. O que não foi a regra geral em relação aos diferentes produtos da marca da maçãzinha. Mas desde que, inspirada no iPhone, a Apple criou o iPod touch, eu não páro de colocar este objecto no topo das minhas listas de desejos realizáveis sem grande esforço e a curto prazo. Hei-de ter um, carago!...
Mas enquanto não o tenho, ponho-me a imaginar como o iPod touch poderia ainda ser mais de encontro ao modo como eu quero usá-lo. No automóvel, por exemplo.
A Apple já pensou no assunto, como era de esperar. Mas, hélas, o meu carro não é de nenhuma das marcas indicadas neste site aqui... E nem sequer é muito recente. Isto é, é duma geração em que os carros não vinham quase todos, como hoje, com auto-rádio integrado, desenvolvido especificamente para cada modelo de carro novo.
O que era catita para mim era que houvesse um auto-rádio em que o painel frontal destacável fosse o próprio iPod.
É que, afinal, equipamentos car audio deste tipo - com painel frontal destacável - continuam a fabricar-se. E ainda bem, digo eu. É que prefiro ser eu a escolher o equipamento audio do meu carro do que deixar o construtor do automóvel a escolhê-lo por mim. Mas as tendências actuais são contrárias ao que eu desejaria. O que mais se aproxima do que eu quero e sonho é isto, mostrado na foto em abaixo, adoptado pela Audi para os seus modelos:
Parece que é apenas e só um carregador do iPod, afinal... Damn!...
Oxalá um dia a Bang & Olufsen faça o meu auto-rádio. Se eles quisessem entrar nos meus sonhos, como a Sony o fez em tempos.
domingo, 23 de agosto de 2009
• Alex MacLean
Por ter falado no post anterior na racionalidade das obras arquitectónicas dos homens neste condado que virou república nos dias de hoje, - ainda nem fez cem anos... - e porque andamos sempre a dizer que certas coisas menos avisadas só aqui é que podiam acontecer, quero agora e aqui apontar o foco para um fotógrafo, Alex MacLean, que resolveu abraçar a cruzada de mostrar que visto do céu, o que os homens fazem à paisagem, na sua América natal mas também na Europa, nem sempre é a coisa mais ajuizada ou parece mais bonito lá de cima. Aqui se mostra a capa de um dos seus livros "OVER: The American Landscape at the Tipping Point".
A revista PHOTO, na sua edição Spécial Été última, dá o destaque merecido a este profissional da fotografia aérea, falando da edição francesa do livro acima citado, com uma capa não tão conseguida como a original, a meu ver, mas com um título sem papas na língua: "OVER: Visions aériennes de l'American Way of Life: une absurdité écologique". Para os franceses, na particular forma que cada povo tem de olhar o mundo exterior à sua casa, Alex MacLean será uma espécie de Yann Arthus-Bertrand "à l'américaine"... Cada nação tem a sua própria concha em que se fecha.
Pelo que se mostra neste livro e noutros anteriores de Alex MacLean, ideias peregrinas é o que não falta aos empreendedores imobiliários americanos. E lá estas ganham vida em maior número, embora assim persistindo nesta senda o ambiente possa vir a ressentir-se. E às vezes, sem grande valia, sem mesmo ter sido tida em grande conta a lógica do conforto do quotidiano dos humanos que habitarâo os lares construidos por estes enérgicos e inventivos empreendedores.
Vou deixar de me queixar de ter nascido e viver aqui.
A revista PHOTO, na sua edição Spécial Été última, dá o destaque merecido a este profissional da fotografia aérea, falando da edição francesa do livro acima citado, com uma capa não tão conseguida como a original, a meu ver, mas com um título sem papas na língua: "OVER: Visions aériennes de l'American Way of Life: une absurdité écologique". Para os franceses, na particular forma que cada povo tem de olhar o mundo exterior à sua casa, Alex MacLean será uma espécie de Yann Arthus-Bertrand "à l'américaine"... Cada nação tem a sua própria concha em que se fecha.
Pelo que se mostra neste livro e noutros anteriores de Alex MacLean, ideias peregrinas é o que não falta aos empreendedores imobiliários americanos. E lá estas ganham vida em maior número, embora assim persistindo nesta senda o ambiente possa vir a ressentir-se. E às vezes, sem grande valia, sem mesmo ter sido tida em grande conta a lógica do conforto do quotidiano dos humanos que habitarâo os lares construidos por estes enérgicos e inventivos empreendedores.
Vou deixar de me queixar de ter nascido e viver aqui.
sábado, 22 de agosto de 2009
• Urbanização "Jardim da Amoreira"
Antes que seja tarde, uma das minhas ideias peregrinas, não talvez a mais destacável, mas provavelmente a mais urgente vai precisamente ser aquela que ficará gravada em primeiro lugar aqui neste papiro virtual.
Vivo no meio do que se está a transformar numa selva de betão, ainda tolerável. Nada que se possa comparar a uma capital como Tokyo ou a Ciudad de México, muito longe de tal. Falo dos arredores da nossa capital, Lisboa. Onde hoje em dia, arremedos tímidos de arranque deste século XXI, temos uma impressão de uma cada vez maior racionalidade no projecto e na execução de novos conjuntos habitacionais. Pelo menos as aglomerações de casas de construção clandestina que pulularam nestas terras para onde antes D. Afonso Henriques terá expulsado os mouros depois da conquista de Lisboa e em que agora o que o faz é a especulação imobiliária parece que pararam de nascer, faz já talvez quase uma vintena de anos.
Hoje o que nasce aqui sobretudo são blocos de apartamentos onde se deslumbra, ás vezes bem ao de leve, mas vá lá ainda assim, os traços de um arquitecto, ente criativo que devia ser mais omnipresente nas obras dos homens. Infelizmente, não o é ainda.
Mas mesmo quando o é, será que teremos garantias das obras serem de facto racionais?
Vamos a um exemplo que me anda persistentemente a descompensar o nervo, o que deixará talvez de acontecer assim que purgar esta impressão que até agora guardei para mim. No concelho de Odivelas, existe um empreendimento denominado "Jardim da Amoreira".
Aonde desenharam uma praça central assaz interessante, que me recorda como que uma praça-templo de adoração ao deus Sol dos simpáticos Incas, vá-se lá saber porquê.
Os prédios que circundam essa praça foram dotados em metade do seu perímetro de uma galeria de lojas em dois níveis: ao nível da rua pedestre que emoldura a praça e num nível superior, numa galeria com varanda, a que só se acede por escadas estreitas, algo discretas mas de desenho elegante. A foto abaixo ilustra esta descrição mostrando cerca de um quarto desta praça.
O que me aflige neste conjunto de lojas é a sensação de que estas foram construidas muito provavelmente porque era um desenho arquitectónico bonito no papel. Mas com uma probabilidade maior de nunca serem ocupadas na sua maioria ou mesmo totalidade com negócios florescentes e duradouros.
O que vai acontecer é que haverá uma ou outra loja que será dedicada a ser um café ou uma papelaria ou de decoração do lar ou um infantário ou um centro de explicações. Que é o que mais surge às cabeças de quem hoje quer abrir o seu próprio negócio.
E se fizéssemos algo diferente? E se desse conjunto de lojas se fizesse um centro comercial temático?
Um dia, ao arrastar os pés pela capital, dei de caras com uma loja da Região de Turismo dos Açores, numa não muito destacada transversal da Av. da República. Uma coisa dedicada aos insulares saudosos das suas origens e àqueles como eu, curiosos com uma costela gourmet indomada. Com produtos da terra do chá Gorreana, do queijo de São Jorge e do divino licor de maracujá.
E se aqui nestas lojas no piso superior da praça central do Jardim da Amoreira se criasse aquilo que passo a designar a priori de Centro Comercial Embaixada das Regiões de Portugal, à falta de mais apurada imaginação? Onde para além dos Açores, outras regiões portuguesas - todas seria o ideal - poderiam estar representadas e divulgar os seus produtos de excelência? E não só os seus produtos como a disponibilidade das camas para os viajantes que as quisessem demandar, despertada ali a curiosidade deles? Onde duma forma temporária e rotativa se poderiam ter também representações convidadas de regiões de turismo estrangeiras?
Será que o sucesso desta iniciativa seria tão menor do que o de mais um café das redondezas? Lojas a abrir e a fechar pouco depois entristecem-me sobremaneira. E tenho cada vez mais exemplos disso a acontecer, sobretudo entre aquelas que me cativaram mais assim que surgiram. Se calhar não serei bom visionário, só sei apreciar aquilo que parece de um modo geral não ter futuro assegurado com sucesso.
Mas se tivesse os dobrões para arriscar dar vida a esta ideia, fazia-o.
Vivo no meio do que se está a transformar numa selva de betão, ainda tolerável. Nada que se possa comparar a uma capital como Tokyo ou a Ciudad de México, muito longe de tal. Falo dos arredores da nossa capital, Lisboa. Onde hoje em dia, arremedos tímidos de arranque deste século XXI, temos uma impressão de uma cada vez maior racionalidade no projecto e na execução de novos conjuntos habitacionais. Pelo menos as aglomerações de casas de construção clandestina que pulularam nestas terras para onde antes D. Afonso Henriques terá expulsado os mouros depois da conquista de Lisboa e em que agora o que o faz é a especulação imobiliária parece que pararam de nascer, faz já talvez quase uma vintena de anos.
Hoje o que nasce aqui sobretudo são blocos de apartamentos onde se deslumbra, ás vezes bem ao de leve, mas vá lá ainda assim, os traços de um arquitecto, ente criativo que devia ser mais omnipresente nas obras dos homens. Infelizmente, não o é ainda.
Mas mesmo quando o é, será que teremos garantias das obras serem de facto racionais?
Vamos a um exemplo que me anda persistentemente a descompensar o nervo, o que deixará talvez de acontecer assim que purgar esta impressão que até agora guardei para mim. No concelho de Odivelas, existe um empreendimento denominado "Jardim da Amoreira".
Aonde desenharam uma praça central assaz interessante, que me recorda como que uma praça-templo de adoração ao deus Sol dos simpáticos Incas, vá-se lá saber porquê.
Os prédios que circundam essa praça foram dotados em metade do seu perímetro de uma galeria de lojas em dois níveis: ao nível da rua pedestre que emoldura a praça e num nível superior, numa galeria com varanda, a que só se acede por escadas estreitas, algo discretas mas de desenho elegante. A foto abaixo ilustra esta descrição mostrando cerca de um quarto desta praça.
O que me aflige neste conjunto de lojas é a sensação de que estas foram construidas muito provavelmente porque era um desenho arquitectónico bonito no papel. Mas com uma probabilidade maior de nunca serem ocupadas na sua maioria ou mesmo totalidade com negócios florescentes e duradouros.
O que vai acontecer é que haverá uma ou outra loja que será dedicada a ser um café ou uma papelaria ou de decoração do lar ou um infantário ou um centro de explicações. Que é o que mais surge às cabeças de quem hoje quer abrir o seu próprio negócio.
E se fizéssemos algo diferente? E se desse conjunto de lojas se fizesse um centro comercial temático?
Um dia, ao arrastar os pés pela capital, dei de caras com uma loja da Região de Turismo dos Açores, numa não muito destacada transversal da Av. da República. Uma coisa dedicada aos insulares saudosos das suas origens e àqueles como eu, curiosos com uma costela gourmet indomada. Com produtos da terra do chá Gorreana, do queijo de São Jorge e do divino licor de maracujá.
E se aqui nestas lojas no piso superior da praça central do Jardim da Amoreira se criasse aquilo que passo a designar a priori de Centro Comercial Embaixada das Regiões de Portugal, à falta de mais apurada imaginação? Onde para além dos Açores, outras regiões portuguesas - todas seria o ideal - poderiam estar representadas e divulgar os seus produtos de excelência? E não só os seus produtos como a disponibilidade das camas para os viajantes que as quisessem demandar, despertada ali a curiosidade deles? Onde duma forma temporária e rotativa se poderiam ter também representações convidadas de regiões de turismo estrangeiras?
Será que o sucesso desta iniciativa seria tão menor do que o de mais um café das redondezas? Lojas a abrir e a fechar pouco depois entristecem-me sobremaneira. E tenho cada vez mais exemplos disso a acontecer, sobretudo entre aquelas que me cativaram mais assim que surgiram. Se calhar não serei bom visionário, só sei apreciar aquilo que parece de um modo geral não ter futuro assegurado com sucesso.
Mas se tivesse os dobrões para arriscar dar vida a esta ideia, fazia-o.
• Introdução
Nem só de grandes ideais sociais e políticos ou de planos macro-económicos à escala global se faz a marcha deste mundo dos terráqueos. As ideias ditas "pequenas", aqui também apelidadas de peregrinas, podem conter mais-valias para a nossa existência individual, para o imparável progresso da nossa comunidade local ou até mesmo o da nossa aldeia global. Algumas das ideias peregrinas que afloraram ao autor deste blog em estado de vigília ou nem tanto vão ser aqui deixadas em forma escrita, à laia de caderno de notas.
A quem interessar possa. A ver vamos se em terra de cegos, quem tem olho pode mesmo vir a ser o rei. Afinal, vivemos naquilo que começou por ser nomeado como Condado Portucalense... e isso tem o seu preço. Outros dirão até o seu karma.
A quem interessar possa. A ver vamos se em terra de cegos, quem tem olho pode mesmo vir a ser o rei. Afinal, vivemos naquilo que começou por ser nomeado como Condado Portucalense... e isso tem o seu preço. Outros dirão até o seu karma.
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