quarta-feira, 10 de junho de 2020

• O novo normal

Andam p’rái a falar até à exaustão do “novo normal”… Que temos todos que adoptar novos hábitos, comportamentos, atitudes, estratégias, formas de viver, de trabalhar…

Quanto ao mundo do trabalho… Montes de empresas foram dum dia para o outro empurradas ou forçadas a pôr muito do seu staff em teletrabalho durante esta crise pandémica, que ainda vigora. E sem grandes chances de protestar. Foi terem de se adaptar ou terem de parar. Não houve grande hipótese de escolha.

Esta espécie de experiência - metida a martelo - de engenharia social creio que, apesar de tudo, de toda a improvisação que implicou, provou que o teletrabalho é uma opção válida e com largas vantagens para muitos cargos e funções dentro de empresas. E no entanto…

Receio que quando tudo isto acabar o novo normal nas empresas não venha a ser nada novo. No mundo corporativo os CEO’s são muito resistentes às mudanças. Só cambiam de opinião quando isso lhes é imposto pelas conjunturas.

E é uma pena. Porque esta experiência correu bem. E devia deixar lições a tirar e a implementar.

Vai-se perder - estupidamente - uma oportunidade histórica e talvez irrepetível de dar um importante salto civilizacional.

A economia, o ambiente, o bem estar social e a felicidade nacional bruta* iriam ter tanto a ganhar...
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* Nos anos sessenta e setenta do século passado, era de grandes utopias, li um dia um slogan que rezava assim: não ao produto nacional bruto, sim ao felicidade nacional bruta. E que aqui quis reviver.

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