quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

• Uma pedra mais para o meu castelo - II

Nunca me quis abalançar a ter a minha própria casinha; o meu lar, doce lar.

Nasci aqui em Portugal. Mais concretamente na sua capital. Onde esse sonho de uma vida inteira, para muitos cidadãos acaba por ser, fatidicamente - não que o desejem assim, mas… - qualquer coisa como uma trampa de um apartamentozeco em Massamá. E olha lá, que podia ainda ser pior!…

As casas são caras neste país. E além de caras, são, regra geral, feias ou em ambientes que, uma vez urbanizados, se descaracterizam, a ponto de tornarem a vida neles deprimente, para aqueles como eu, que têm sonhos de um mundo uma beka melhor.

Isto é duro de admitir e de dizer aos meus conterrâneos que possam isto ler. Mas alguém tem de o dizer. Para que outras almas despertem de um torpor em que se encontram soterrados, como num lodaçal que nos impede de ver.

Creio que só se tiver um golpe da fortuna, como herdar uma fortuna, é que quererei construir a minha casinha de sonho aqui neste "jardim à beira-mar plantado".

Se tal desidério me acontecer, irei reler as dicas que neste blog vou deixando. Para mim ou para quem quiser colher as ideias peregrinas deste louco que não sabe o que desejar. Estado de alma meu que confessei recentemente noutro blog, aqui.

A idiotice que hoje vai ficar aqui gravada, foi-me induzida pela consulta da revista "Arizona Foothills", num número desta saído em maio do ano de 2010. Cuja capa está acima. E a ideia em si ilustrada em baixo. É simples: uma miniatura da vossa mansão como casinha do vosso animal de estimação.

Ao ver este canito sortudo na foto, assaltam-me saudades dum tempo em que uma tal casota dava muito jeito para alojar um par de pets que tive a sorte de me alegrarem os dias. Uma cadela husky siberiana e uma ovelha bem anafada, que eram as melhores amigas uma do outra que se pudesse conceber. Por incrível que a mãe-natureza por vezes pareça.

Gostava de voltar a ter um dia essas "pedras vivas" no meu castelo, que foram para mim estes dois extraordinários animais. E ainda uma avestruz ou um golfinho… A sério. Palavra de doido varrido.

4 comentários:

Feliz disse...

Pois é...os animais são grandes amigos. Nem precisamos de lhes falar, que eles percebem. Como costumo dizer, são bem mais inteligentes que muito boa "gentinha" que por aqui espaço ocupa...vidas!

Obrigada pela partilha! :D

Giuseppe Pietrini disse...

Feliz, gostas mesmo muito do teu labrador... é que nem achaste desmedido o tamanho e o fausto da casinha de cachorro que aqui mostro. O teu lab merece tudo de ti, nada é demais p'ra ele...

Beijim! ;-)
Giuseppe

OceanoAzul.Sonhos disse...

Não importa de que ser se fala, interessa a fidelidade que nos dedica.
Quanto à casinha... podemos sempre ir até ao mar, fechar os olhos e sonhar...

abraço
cvb

Giuseppe Pietrini disse...

Ah, Cecília, você não pode saber como é sempre benvinda por aqui. E como me surpreende que me vá dando sua atenção e queridas palavras.

Com a sua sagacidade terá adivinhado que é justamente junto ao mar que deixo o sonho meu partir em disparada. E até já tenho lá escrito alguns posts dos meus blogs.

Creio que partilhamos o encanto pela sua imensidão e por nos proporcionar paz interior.

Beijim! ;-)
Giuseppe