quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
• Um grito de desespero
Estou a ficar possuído dum desespero exasperante. Encontro-me na iminência de ser despejado dum quarto onde ainda habito em Ponte do Rol, Torres Vedras. No próximo Sábado. Daqui a três dias.
E não há meio de encontrar uma solução para o meu alojamento. É só portas que se abrem para logo a seguir se fecharem.
Isto é incrível. Eu sou uma pessoa válida. Com defeitos mas com algumas qualidades. Mas parece que o universo não precisa de mim. Sinto-me um estorvo.
Deve haver, digo eu, tanta gente por aí a quem eu poderia ser de alguma serventia. Como “cavalheiro* de companhia”, por exemplo. Como marido de aluguer para pequenas reparações domésticas, também. Como perceptor ou monitor de adolescentes.
Estou cansado de viver assim sem utilidade nenhuma. E sem um lar para chamar de meu. Para guardar nele a minha pequena biblioteca e guarnecê-la de mais livros.
E isto ocorre-me logo agora que estamos nesta maldita época de Boas Festas, Natal e Ano Novo!… Solidariedade precisa-se.
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* O equivalente no masculino a dama de companhia.
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