quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

• World Travel Awards

Isto vale o que vale. Os World Travel Awards são  por alguns considerados para a área do turismo o equivalente ao que os Oscares são para o cinema. Talvez seja verdade…

Acontece que no ano passado Portugal ganhou o prémio de Melhor Destino Turístico Mundial. E foi a primeira vez que a Europa ganhou essa distinção, Isto como um país no seu todo. Antes a cidade de Londres também já tinha ganho. Mas não Inglaterra ou o Reino Unido, enquanto país ou nação.

Este ano, em cerimónia realizada em Lisboa no passado dia 2 de Dezembro, o nosso Portugalito lá ganhou outra vez o Oscar do turismo. Fixe, digo eu.

O povo português desde o séc. XV tem imitado os vikings no que concerne a viagens à descoberta de novas terras. E porque começámos numa época em que o conhecimento dos mares era mais avançado, fomos mais longe que os nórdicos. Fomos a todas as partes deste mundo.

Nos últimos 20 anos está a acontecer o contrário. É  o mundo inteiro que nos está a descobrir. E a vir até nós, a este camoniano jardim à beira-mar plantado.

Os portugueses foram os primeiros europeus a estabelecer contacto e relações com o povo nipónico. E com o Império do Meio sempre tivémos esse elo de ligação que é Macau, desde que chegámos ao Extremo Oriente.

Agora são japoneses, chineses, coreanos e outros povos da Ásia mais longínqua que aterram nestas nossas paragens como aves de arribação. E isto é delicioso.

De resto, não são só os asiáticos que nós descobrimos e que nos descobrem agora. Os tupiniquins também andam a fazer o mesmo. O que talvez tenha induzido os gringos da América do norte a segui-los. E até alguns vizinhos nossos do velho continente a quem não vinhamos a merecer muita da sua atenção, como italianos e franceses, passaram a pulular por aqui.

Tudo isto deve significar mais afazeres para mim, enquanto guia turístico e motorista de turismo. Logo agora, que eu até aspiro a abalar daqui p’ra fora…

Como já disse uma vez, sinto-me desenraizado.

Mas enfim… Oxalá que ao menos as vagas de visitantes que virão por aí queiram que eu lhes mostre não só os habituais lugares comuns, como Sintra ou Fátima, mas sobretudo outras belezas escondidas ou menos conhecidas.

Tais como a brutalidade da natureza dos algares de Benagil, na bela costa algarvia...

Ou o misterioso testemunho duma antiguidade de mais de 6 milénios do Cromeleque dos Almendres, perto de Évora...

Ou a assim chamada Charola do Convento de Cristo, em Tomar, cidade dos Templários. Um dos mais inusitados altares deste mundo…

Ou a rudeza do viver quotidiano no Piodão, nos mais recônditos e isolados recantos do coração da velha Lusitânia…

Ou as águas termais das Pedras Salgadas, que se vão recolher a creca de mil metros de profundidade, para aparecerem à superfície naturalmente gasosas.

E outros segredos mais que eu ainda guardo.

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