quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
• Ténis4You
Desde que abri o pulso da minha mão direita*, há um ano atrás no início de Dezembro, que não pegava numa racket de tennis e batia umas bolas amarelinhas…
Este domingo passado, atendendo a um desafio da minha filhota, lá fui eu ver como o pulso responderia ao esforço a que seria submetido numa hora de treino com ela.
Decidimos por experimentar uns courts que ainda eram novidade para nós na Quinta dos Alcoutins, perto do Paço do Lumiar, em Lisboa. Em boa hora, digo eu.
Era por volta da uma da tarde e havia um court que estava disponível, dos dois ali existentes. No court que estava ocupado decorria uma aula de tennis dada por Pedro Ferreira. E este verdadeiro gentleman, o Pedro, recebeu-nos a mim e à minha filha com uma extrema quanto inesperada atenção.
Enquanto ministrava uma aula a um seu pupilo, observava-nos no court ao lado e num nível de terreno mais baixo. E por via disso, sugeriu-nos experimentar jogarmos com algumas bolas que nos emprestou, por julgar que as bolas que trouxemos teriam pouca pressão e não nos estariam a permitir que nos divertíssemos tanto como podíamos.
No final do nosso treino, ofereceu-nos aos dois um voucher para testarmos uma aula de tennis gratuita. Mas não ficou apenas por aí. Sabendo muito bem que por vezes as pessoas são ingratas e esquecem-se de aproveitar estas ofertas inesperadas, resolveu mesmo contactar-me por telefone para tratar de agendar a minha aula de teste para a manhã da passada quarta-feira.
Nesse dia, quem me esperava para me fazer dar o meu melhor sem dó nem piedade era José Galante. E lá tive que suar as estopinhas todas que tinha. Mas foi bom. Muito bom.
Verdade seja dita que dei uma data de madeiradas, que ainda me senti um pouco preso das pernas, que sei que não estava a executar os gestos técnicos ao bater bolas numa perfeição como já terei tido em tempos. Mas fiquei bem contente comigo mesmo por ter sido submetido a este teste.
E sobretudo por ter recebido a atenção de dois grandes senhores e excelentes profissionais deste desporto que é o meu preferido, tanto como praticante como espectador.
É assim como eles fizeram que se pode despertar ou incentivar pessoas como eu, preguiçosas por natureza, para uma prática regular dum exercício físico que se descobre poder ser tão prazeiroso.
A todos aqueles que vão lendo este blog - não sois muitos, mas enfim, um dia quem sabe, a popularidade destes simplórios textos pode vir a crescer um pouco mais… - a todos vós, comuns mortais que buscam ser felizes com vossas sábias escolhas, recomendo vivamente esta notável escola de ténis, a Ténis4You.
Que ainda por cima está tão bem situada num local aprazível por demais e onde se respira uma paz intocável, a Quinta dos Alcoutins, urbanização onde coexiste também um interessante campo de golf. Dentro desta Lisboa, ao lado dessa querida "aldeia citadina" que é o Paço do Lumiar.
Em resultado duma pesquisa que fiz sobre esta escola no Google, cheguei à leitura dum texto de apresentação delicioso, que não resisto a “roubar”, para o citar aqui em baixo:
“Estamos na Quinta dos Alcoutins, onde encontramos o sossego da Natureza mesmo ao lado do centro de Lisboa. Há 10 anos, no dia 30 de Outubro de 2008, juntaram-se dois apaixonados pelo Ténis, José Galante e Pedro Ferreira, com o objectivo de levar este desporto a todos os que o queiram aprender. Juntou-se entretanto o professor Daniel Bonito, que partilha esta dedicação e missão. Há quem lhes chame loucos, porque passam o dia a rir. Mas todos sabem que entre piadas e gargalhadas, esta equipa leva o Ténis muito a sério. E assim se constroem jogadores. E assim se constrói uma Escola de Ténis, que hoje é referência neste mundo dos desportos de raquete, a Ténis4You.”
Rematando este post, o meu reconhecidíssimo “Muito Obrigado” a vós, José Galante e Pedro Ferreira.
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* Como já relatei num post dum outro blog meu, que pode ser consultado clicando aqui.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
• World Travel Awards
Acontece que no ano passado Portugal ganhou o prémio de Melhor Destino Turístico Mundial. E foi a primeira vez que a Europa ganhou essa distinção, Isto como um país no seu todo. Antes a cidade de Londres também já tinha ganho. Mas não Inglaterra ou o Reino Unido, enquanto país ou nação.
Este ano, em cerimónia realizada em Lisboa no passado dia 2 de Dezembro, o nosso Portugalito lá ganhou outra vez o Oscar do turismo. Fixe, digo eu.
O povo português desde o séc. XV tem imitado os vikings no que concerne a viagens à descoberta de novas terras. E porque começámos numa época em que o conhecimento dos mares era mais avançado, fomos mais longe que os nórdicos. Fomos a todas as partes deste mundo.
Nos últimos 20 anos está a acontecer o contrário. É o mundo inteiro que nos está a descobrir. E a vir até nós, a este camoniano jardim à beira-mar plantado.
Os portugueses foram os primeiros europeus a estabelecer contacto e relações com o povo nipónico. E com o Império do Meio sempre tivémos esse elo de ligação que é Macau, desde que chegámos ao Extremo Oriente.
Agora são japoneses, chineses, coreanos e outros povos da Ásia mais longínqua que aterram nestas nossas paragens como aves de arribação. E isto é delicioso.
De resto, não são só os asiáticos que nós descobrimos e que nos descobrem agora. Os tupiniquins também andam a fazer o mesmo. O que talvez tenha induzido os gringos da América do norte a segui-los. E até alguns vizinhos nossos do velho continente a quem não vinhamos a merecer muita da sua atenção, como italianos e franceses, passaram a pulular por aqui.
Tudo isto deve significar mais afazeres para mim, enquanto guia turístico e motorista de turismo. Logo agora, que eu até aspiro a abalar daqui p’ra fora…
Como já disse uma vez, sinto-me desenraizado.
Mas enfim… Oxalá que ao menos as vagas de visitantes que virão por aí queiram que eu lhes mostre não só os habituais lugares comuns, como Sintra ou Fátima, mas sobretudo outras belezas escondidas ou menos conhecidas.
Tais como a brutalidade da natureza dos algares de Benagil, na bela costa algarvia...
Ou o misterioso testemunho duma antiguidade de mais de 6 milénios do Cromeleque dos Almendres, perto de Évora...
Ou a assim chamada Charola do Convento de Cristo, em Tomar, cidade dos Templários. Um dos mais inusitados altares deste mundo…
Ou a rudeza do viver quotidiano no Piodão, nos mais recônditos e isolados recantos do coração da velha Lusitânia…
Ou as águas termais das Pedras Salgadas, que se vão recolher a creca de mil metros de profundidade, para aparecerem à superfície naturalmente gasosas.
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