sábado, 29 de junho de 2013

• Uma ideia nada peregrina!...

…p'ra variar! Uma ideia mesmo do caraças!!!…

E que ideia seria essa?… Um verdadeiro ovo de Colombo, creio eu. Que seria: fazer aquilo que as cadeias de fast food nos prometem e nos criam água na boca e nos levam a experimentar. Mas em bom!

Eu sou um tipo que cai imensas vezes no erro de acreditar naquilo que o marketing nos mostra, com fotos francamente bem feitas e apelativas. E quando o copyright acompanha na perfeição então…

A minha última banhada foi na Pans & Company. Estive a fisgar durante longo tempo afinfar o dente naquele creme de queijo de Nisa (ui, ca'bom!…) a cobrir um lombinho de porco, ainda por cima com pimentos bem vermelhos e em pão de oregãos. Sabia bem que ia levar decepção p'ra casa! Mas lá cedi um dia…

Evidentemente, nada a ver com a foto aquilo que me foi servido. Pimento muito menos abundante, fatia de lombo não tão alta… e o pior de tudo, pão superaquecido á pressa, em micro-ondas, com certeza, o que fez com que o creme de queijo praticamente se volatilizasse. E o sabor dos oregãos nem se desse por ele. Uma autêntica mistela!…

Na ocasião em que provei esta coisa inqualificável de tão mentirosa que é, no Centro Comercial Vasco da Gama, reparei que devia ser o primeiro dia de um novo emprego de um pobre homem já cinquentão, ao balcão daquela loja da Pans. A ter que vestir aquelas fardas tantas vezes ridículas dos estaminés deste género… mas era um renascer da esperança para ele. Um novo emprego, muito benvindo.

Na cozinha, outros recursos humanos, talvez bem mais antigos na casa, laborariam… e nem por isso o resultado final para o cliente foi satisfatório. Dica: formação profissional on the job precisa-se com urgência. Ou uma melhor orientação das gerências de loja.

Mas é assim a vida! Se nós queremos encher a malvada na filosofia low cost e a despachar, é melhor não termos expectativas demasiado elevadas quanto à qualidade.

E o que eu digo aqui da Pans e desta experiência gastronómica traumática vale tanto para este caso, claro, como para outras cadeias de fast food como o bom velho McDonald's, que muitas vezes nos apela a vivenciar umas variações aos seus menus standard. Same for Pizza Hut. E até o meu preferido Burger King não escapa á crítica.

As gentes do H3 já perceberam isto. E a sua clientela não abranda de aumentar. E além de tudo o mais, os seus empregados têm uma coisa simplesmente única e louvável: sorriem p'ra nós, que lhes damos a distinção de escolhermos os seus produtos e não os de outros. E isso, digo-vos, p'ra mim faz uma diferença enorme. Que não tem preço.

6 comentários:

Catarina disse...

Não há nada que chegue aos tasquinhos onde se pode comer umas tapas, acabas por ficar mais bem servido, a comida é melhor, é mesmo tipicamente portuguesa e ainda ajudas o comércio tradicional...

É raro ir ao McDonalds ou à Pans... Só quando me dão desejos do Mc e à Pans não vou, recuso-me a dar 4-5€ por uma sandes, quando por mais um euro como uma francesinha :)

Isto para além do que referes daquilo que prometem oferercer ser bem diferente do produto final...

Giuseppe Pietrini disse...

Isso dizes tu, Poppy, que o podes dizer, que não vives em Lx!...

Aqui as tasquinhas tradicionais estão a ficar tão raras que se dão ao luxo de porem os preços que bem quiserem!... E já não se encontra quase nada aqui 100% genuinamente português. Isto para já não dizer que não se pode comer uma francesinha de jeito a sul do Mondego.

Bom, farto e barato (atenção que eu não digo apenas bom!...) para mim ainda não vi melhor do que os tascos da rua Direita, na zona velha de Viseu...

Beijim! ;-)
Giuseppe

Catarina disse...

Os tasquinhos da rua direita em Viseu são uma maravilha, e mesmo na zona da Sé também há um ou outro onde também se come bem :)

Cá em Portugal parece que deixou de ser fashion ou demodé comer umas tapas, comer moelas a palito e afins :p mas vê lá se na vizinha Espanha eles deixaram cair a tradição?

Já parecemos os japoneses no pós período Edo quando se iniciou a era Meiji e abriram as portas ao mundo, subitamente só o que vinha de fora é que era bom :/ mas eles felizmente conseguiram algum tempo depois encontrar o meio termo :)

Quanto a Lisboa, não vivo mas já vivi :) E se bem me recordo, não sei se ainda está aberto, no Vasco da Gama havia dois restaurantes com comida boa e próxima do tipicamente português, um deles era de comida alentejana, acho eu!

Giuseppe Pietrini disse...

Ao lado do Museu Grão Vasco de Viseu, numa rua a descer para a rua Direita está justamente o Cortiço! Onde há vinte anos atrás preguei lá o meu cartão pessoal com um puinês (punaise?) na parede... o restaurante com o menu mais castiço de Portugal inteiro!

Oh, Poppy! Não me digas que também és uma "nipófila"! Como falaste no país do sol nascente...

O restaurante do C.C. Vasco da Gama a que te referes é o "Pão, Azeite & Alho". Vai por mim! Aquilo não é mau... mas nada a ver com uma chichinha de bácoro em formato fêvera grelhada engolida num certo tasco ao pé da Capela dos Ossos em Évora. Ou uma açorda de bacalhau versão DIY (Do It Yourself) num restaurante em Avis, pertença do presidente da câmara local.

E conto-te isto tudo de forma desapaixonada! Que ando com uma falta de apetite que nem esta conversa toda arrebita... agora tu vê lá se queres mazé ir já morder qualquer coisita...

Beijim! ;-)
Giuseppe

Catarina disse...

Comer é uma magnífica experiência multisensorial, para falar de comida de modo desapaixonado mais vale adiar a conversa :p eheheheh

Conheço Évora, mas não conheço o restaurante, e não podes comparar um restaurante de Centro Comercial com um restaurante mesmo típico, eu estava a comparar com a pans, ainda te lembras? :p

Absolutamente nipófila :)

E eu já almocei, fiz o meu prórpio almoço, eheheheh!

Bisou

Giuseppe Pietrini disse...

"Comer é uma magnífica experiência multisensorial, para falar de comida de modo desapaixonado mais vale adiar a conversa"...

Touché! Nada mais certo, Poppy. Comer é mais do que alimentarmo-nos. E quem é um pisco a comer, como eu estou agora, não pode ser um tipo feliz.

Estou a ver que és uma excelente confradessa no que toca a falar de gastronomia. E uma nipófila, como eu... Sabes que eu tive aulas de Língua e Cultura Japonesa na Universidade Nova de Lisboa?...

Gros bisous, miguita.
Giuseppe