terça-feira, 28 de agosto de 2012

• Urbanização "Jardim da Amoreira" - parte II

Como sou teimoso, volto hoje, ao fim de 3 anos, a apresentar a minha primeira ideia peregrina, que envolvia a bonitinha Praça da República da urbanização "Jardim da Amoreira". Que é um algo interessante empreendimento, arquitectonicamente falando, que já existia nestes meus arrabaldes por essa altura desde há um a dois anos antes. Ao menos cor é o que não falta ali...

Pormenor da galeria comercial
de dois pisos da Praça da Republica
no Jardim da Amoreira
A paisagem urbana da dita praça continua hoje em dia praticamente inalterada. As áreas verdes desenvolveram-se, como seria de esperar naturalmente. Mas a maioria das lojas de uma arrojada galeria comercial com dois pisos continuam ainda inocupadas. Totalmente inaproveitadas. Um ror de dinheiro investido ali, que foi deste modo completamente jogado aos quatro ventos, ás traças ou o mais que nos aprouver maldizer.

Das que se encontram abertas - algumas de forma intermitente, por causa deste clima económico negativo para os pequenos investidores - existem as banais cafetarias com oferta de produtos de consumo paupérrima, um cabeleireiro, uma loja de serviços de gestão de condomínios, um gabinete de solicitadores, outro de contabilidade, e uns fatídicos jardim de infância e centro de explicações. Ah, e uma capela, à laia de delegação do deveras dinâmico centro paroquial da Ramada, o meu burgo. 

Ou seja, só ideias de negócios trivialíssimas, nadinha inovadoras. Diria que típicas da mentalidade de uma certa classe média-baixa que floresceu em número nos arredores das maiores urbes lusitanas nos últimos 30 anos.

Pormenor das arcadas com varanda
do piso superior da galeria comercial
As acima mencionadas lojas estão quase todas, claro, no piso térreo. Que a galeria de lojas no piso superior ao da rua, situadas numas arcadas com varanda, não parecerá, a priori, conseguir atrair clientes a entrar dentro de portas tão facilmente. Seria bem requerido aqui um bom golpe de asa de marketing.

Okay! Concordo com o facto de que a minha ideia de investimento para esta galeria de lojas, um tal conceito denominado de Centro Comercial Embaixada das Regiões de Portugal, era bem peregrina. De retorno de investimento bem incerto. Mas o que dizer de quem teve a ideia em primeiro lugar de fazer construir aquela área comercial segundo o concluído projecto arquitectónico?…

Se assim vão bancos e investidores imobiliários desperdiçando tanto guito com obras destas, porque raio não poderia haver alguém, meus deuses, para desbaratar uma pequenita fortuna com as minhas locubrações, que neste blog vou desfiando?..

A bem do progresso da humanidade e da solução para a economia portuguesa - como soe dizer-se hoje, lol… - tem de se dar um jeito divino de aqui o rapaz ganhar o EuroMilhões.

12 comentários:

Anónimo disse...

Concordo plenamente com tudo o que aqui é dito!

Por isso, e por ir estabelecer brevemente uma ideia inovadora numa das loja que para já se encontra inocupada, teria todo o gosto em trocar consigo algumas ideias, se tiver interesse em dinamizar o espaço.

Deixo o meu contacto de email, caso pretenda responder a este meu apelo.

jose(ponto)amendoeira(arroba)hotmail(ponto)com

Giuseppe Pietrini disse...

Caro José,

Trocar ideias é mesmo algo que está inscrito nos valores e na missão deste blog. E se um José pode incomodar muita gente, dois Josés incomodam muito mais. Vamos a isso.

O meu contacto de email é:

giuseppe.pietrini@gmail.com

tal como está no meu perfil do Blogger.

Um abraço
José, aka Giuseppe

Unknown disse...

Boa tarde,

Tenho interesse em contactar esta Urbanização com a finalidade de filmagens.
seria possível enviarem o contacto do responsável de condominio?
Obrigada.
P.F responder para csf.almeida.pt

Unknown disse...

Peço desculpa, o email é csf.almeida@gmail.com
Cumprimentos.

Giuseppe Pietrini disse...

Caro csf.almeida,

Eu não sei quem será o responsável deste condomínio ou urbanização... mas posso indicar-lhe um contacto que pode ser interessante: a AMJA, Associação de Moradores do Jardim da Amoreira. Para aceder à sua página no facebook, é só clicar aqui.

Abraço! ;-)
Giuseppe

Unknown disse...

Obrigada!

Anónimo disse...

NUNCA pense em comprar Imóvel neste lugar, não se meta nisso, considerado como bairro "In" É VIOLENTO! Eu gostava que vocês vivessem no nº 25 da Av. 25 de Abril, para verem o que é violência a sério, a polícia já lá foi umas 7 vezes! Tentam arrombar portas aos pontapés, metem motas a frente das arrecadações dos vizinhos, estacionamento selvagem dentro dos parqueamentos. Barulhos infernais de toda a espécie. Até num deficiente físico bateram! Aquilo é violência em todos os sentidos da palavra! É pior que a Cova da Moura acredite!

Giuseppe Pietrini disse...

Caro anónimo,

A urbanização "Jardim da Amoreira" um bairro "in"?... Nunca tinha olhado para a coisa assim... E o nº 25 da Av. 25 de Abril é lá ou na urbanização "Jardim da Radial"?... E haverá lugares imunes a essa série de acontecimentos algures?... Conhece de facto ao vivo e a cores a Cova da Moura?...

Anónimo disse...

Eu tenho uma teoria que vale o que vale em relação à evolução desta urbanização e principalmente à praça central.

Enquanto a praça for campo de futebol de adolescentes alguns de 15/16 anos, que vão ali equipados a rigor, chuteiras, caneleiras, luvas de guarda-redes, etc. Não contem comigo para lá passar muito menos levar lá os meus filhos pequenos e ficar lá a como consumidora daquele espaço e das lojas que possam ou lá existir, independentemente da qualidade ou inovação que apresentem.

Não quero de certeza levar bolas na cara e muito menos na cara dos meus filhos pequenos, quero passear descansada sem ter de ser agredida constantemente.

Giuseppe Pietrini disse...

Cara anónima,

Pronto, sendo assim lá teremos de nos resignar a não contar consigo e com os seus filhos para frequentar a praça central da urbanização "Jardim da Amoreira".

A senhora tem o direito legítimo de querer passear descansada sem ter de ser agredida constantemente. Pelo que diz, a praça central da urbanização "Jardim da Amoreira" tornou-se num daqueles palcos de conflitos de que os pobres dos refugiados da Síria e do Afganistão andam a fugir. Se calhar, é o caso de fazermos como esses refugiados e também fugir para bem longe daqui.

Cumps,
Giuseppe

Anónimo disse...

Não me fiz entender... ou então passa-se outra coisa qualquer.

Acha que por falar na primeira pessoa do singular me estava a referir a mim ???

Acha que dezenas de mães com filhos ali moradoras não pensam igual ??

Sugiro que abra la' a sua loja inovadora e veja quem a frequenta enquanto aquilo for um campo de futebol e não houver segurança para lá passar ou estar.

E já agora não ponha palavras na boca dos outros. Boa sorte com este "blog".

Giuseppe Pietrini disse...

Agora sim, não se fez entender, cara Anónima...

Não estou mesmo a ver que raio de palavras é que eu pus na boca de outros... E tudo o resto que escreveu... Não entendo, francamente. Então aquela coisa da primeira pessoa do singular não ser relativo à própria pessoa...

Repare que eu também não defendo que aquilo seja um campo de jogos. Isso não deveria ser um uso corrente a dar áquela praça... Eu também queria que os putos que querem fazer umas futeboladas ali vão p'ró raio que os parta!...

Agora, pode haver lugar para todos lá, não? Não só para os pequenitos. Ou então, os moradores dos prédios em volta da praça que façam uma vedação nos quatro pontos de entrada para aquele espaço e não deixem ninguém do exterior pisar ali.

De qualquer forma, já se desvirtuou a arquitectura da praça quando se construi um pequeno parque infantil vedado. Até podia ser ali metido o parquinho... Mas não sacrificando a simetria do lugar e o pedaço de zona verde que foi à vida. Aquilo parece um remendo. Uma cena típica de uma AUGI (área urbana de génese ilegal, vulgo bairro clandestino).

Mas bom!... Eu de qualquer forma já não penso como pensava há quatro anos atrás. Não vejo mais como interessante nem a Urbanização "Jardim da Amoreira" nem quase nenhuma na área da grande Lisboa para se investir ou para se viver aqui.

Conheço hoje outras paragens - mais distantes, bem distantes daqui - muito mais harmoniosas. Só tenho pena de não poder ainda ir viver para lá...

Cumps,
Giuseppe