A próxima moda gastronómica a nível da nossa querida aldeia global, na minha opinião e desejo profundo, deveria ser o típico food & beverage da Bretanha francesa, ou Breizh.
Foi no dia 31 de Outubro de 1998 a última vez que jantei a iguaria acima mostrada na foto. Num restaurant-crêperie de Brest, a cidade-porto por excelência da moderna marinha de guerra gaulesa e capital do départment de Finistère.
Um crêpe au blé noir, recheado de queijo Emmental ralado, lascas de presunto de bacorinhos bretões e com um ovo a encimar esse divino recheio. Teté esse que fica cozinhado como que tipo estrelado dentro do crêpe, que é fechado à laia de envelope dos correios. A famosa galette bretonne, de sarrasin - o blé noir é entre nós justamente denominado de farinha de trigo sarraceno ou mouro - ou complète.
Algo tão simples, mas com um sabor por demais. E para regar a goela, nada melhor p'ra mim do que a boa da cidre doux de Bretagne. E antes do repasto, como aperitivo um Kir breton.
Além dos afamados crêpes, o acervo gastronómico e cultural de Breizh ainda conta com uma curiosidade interessante p'ra nós, tugas. É que... o prato nacional bretão, o kig ha farz, é muito semelhante ao... cozido á portuguesa, do qual sou nada fã, por acaso.
No jardim à beira-mar plantado, se quisermos degustar estas belas especialidades, temos - ou tinhamos, não sei ao certo... - uma crêperie bretonne em Armação de Pêra, essa Massamá algarvia.
Ou então rumamos a Vigo, a terras dos celtas da Galiza, bem perto da fronteira norte, e frequentamos um restaurante de uma cadeia que roça um conceito yankee de fast food franchise, denominada - p'ra não variar... - Crêperie Bretonne Annaíck.
Um bocadinho adulterado o ambiente, com a história de meterem um autocarro antigo e carrocerias de Fiat 600 dentro do restaurante, mas enfim... experimentai, se vos aprouver.