quinta-feira, 27 de julho de 2023

• Arte e personalidade

Num cursinho online do IEFP* que estou no presente a frequentar, realizado com recurso à plataforma do Microsoft Teams** dedicado ao tema "História da Arte" foi-me lançado um desafio de mencionar exemplos de pinturas de que eu gostasse e o oposto também.

Gostar é algo em que eu tenho sempre muita dificuldade em resumir o exclusivo a apenas uma coisa…

E assim, reuno aqui várias e variadas obras que mais me tocam. A que atribuo maior nota artística. Isto se me é permitido que tenha valia para poder afimá-lo.

Começando por um mapa antigo da Bélgica e Países Baixos, intitulado “Leo Belgicus”, mostrado no topo deste postGeografia e cartografia são áreas do conhecimento humano que muito me atraem desde petiz. E esta moda que surgiu no séc. XIX de dar formas animalescas ou outras fantasiosas à representação em mapas de nações é simplesmente deliciosa. Pura arte, embora o rigor possa ser sacrificado uma beka

De seguida vem um desenho ou ilustração de Hokusai, artista nipónico do séc. XVI. Intitulado “A grande onda ao largo de Kanagawa”. Esta obra é uma das minhas preferidas para wallpaper nos vários computadores com que trabalho e trabalhei, quer pessoais quer de empresas.

A maestria dos desenhadores ou pintores japoneses está no meu personal top. E por isso aqui fica um exemplo recente dum desenho duma paisagem onde impera o Fujiyama  - what else is new?… - muito ao estilo dos Studios Ghibli, famosos pelos seus filmes de animação.

Admirável para mim são também os desenhos ou ilustrações de magníficas paisagens do Império do Meio, de muitos séculos atrás, após a invenção do papel por essas formiguinhas que são os chineses.

Ainda na Ásia, sempre causou fascínio em mim a arte sacra de religiões como o hinduísmo, de que mostro aqui uma ilustração moderna de Shiva e Parvati, divindades que foram os progenitores de Ganesha, noutra ilustração, esta mais clássica.

Prosseguindo na arte sacra oriental, passo agora a mostrar a deusa Kwan Yin, da mitologia budista chinesa. Que também é presente no Japão, onde tem aí o nome de Canon.

A arte aliada à propaganda de ideologias políticas é mais um dos meus fascínios. Aqui ficam dois exemplo de posters, um do tempo da saudosa - para alguns - URSS, União da Repúblicas Socialistas Soviéticas, e outro do tempo da Revolução Cultural promovida por Mao Zedong, da República Popular da China.

Agora vamos ao mais doloroso... Do que será que eu não gosto mesmo nadinha, hum?…

Prefiro dizer antes gostar menos. E aqui vou pôr-me a jeito para ser desancado por uma larga maioria.

Não aprecio a obra da ilustre pintora londrina Paula Rego. Prontes, tá dito!...

Reconheço nela um estilo muito próprio, singular, notável até. Mas julgo-a talvez overrated. E os seus quadros provocam-me alguma repulsa. Arrepios de puxar por depressões.

Certo, não deixam de ser emoções. Que a artista meritoriamente provoca no público, não só em mim, com certeza. Mas que eu dispensaria. E destas quero é fugir a este pés. Não quero ser arrastado para o universo de Paula Rego. Prefiro desviar o olhar.

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* IEFP,  Instituto do Emprego e Formação Profissional.

**Que o meu velhinho Macbook Pro com mais de uma década de utilização intensiva não aprecia lá muito…

quarta-feira, 19 de julho de 2023

• Home library

Na sequência da minha reflexão em modo autoconhecimento que resumi recentemente num post dum outro dos meus blogs, venho agora neste traçar um objectivo de vida tardio: arranjar um lugar bem digno onde possa reunir todos os meus livros, para depois deixar em herança esse vasto acervo.

Para não deixar essa tarefa a quem cá ficar quando eu partir.

O melhor exemplo que eu encontrei de decoração de interiores para uma sala tipo biblioteca particular, onde os meus livros ficariam, está na imagem que ilustra este post, acima.

Há no entanto alguns detalhes que eu mudaria nesta sala... A saber:

  • Os livros deveriam estar suficientemente afastados ou preservados duma exposição directa à luz solar vinda através da superfície vidrada ao fundo.
  • Igualmente da lareira*, fonte de calor quando usada.
  • Os livros deverá ser guardados nas estantes sempre deitados na horizontal e não em pé**, como aliás já o pratico neste apartamento onde actualmente vivo.

As profundidades das diferentes estantes e prateleiras devem ser diversas e adequadas a diferentes colecções de livros com larguras similares. Nada de prateleiras com profundidades todas iguais.

Nesta biblioteca particular estarão não apenas livros mas também várias colecções de revistas temáticas - de fotografia e geografia, principalmente - e as milhentas brochuras e folhetos que sempre reuni por deformação profissional de designer gráfico e arte-finalista. Todas estas guardadas em caixas arquivadoras e na vertical, desta feita.

Nestas mesmas estantes de livros estarão espalhadas um pouco ao acaso vários pequenos tesourinhos que também possuo: matriokas, bibelots, estatuetas, cristais, outros objectos curiosos, etc..

Se um dia concretizar este objectivo, talvez venha a lançar todas estas tendências que aqui descrevi. Quem sabe…

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* Aliás, é uma boa regra empírica sempre instalar uma lareira encostada a uma parede interior, nunca a uma exterior. Isto para que o calor produzido não se dissipe escusadamente para o exterior da habitação e fique todo contido dentro de quatro paredes.

** Tive sempre esta impressão que livros guardados em pé farão sempre com que a encadernação fique em esforço na sua parte superior, quando o livro tem uma capa dura com uma área maior do que as páginas no interior, ficando estas em suspensão. Mas na arrumação de livros na posição horizontal não se deve também ter em cada prateleira mais do que dois a três livros. De modo a que o livro que estiver mais em baixo não sofra com o peso excessivo de todos os outros que lhe estão acima, provocando eventualmente a colagem das suas páginas devida à pressão exercida pelos outros.