Muitos anos mais tarde, no século XIV, Francesco Petrarca, poeta florentino, repetia este lema, “Navegar é preciso, viver não é preciso.”. Que muita gente atribui a Fernando Pessoa. “Quero para mim o espírito desta frase”, escreveu este último.
Navegar é preciso?
Sim, no sentido que navegar é viajar. Fazia-se com bússolas e astrolábios, antigamente. Hoje, faz-se com recurso a outros meios ou ferramentas: satélites, GPS e até na World Wide Web, dum modo virtual, como hoje se impõe...
Mas então perguntaremos também todos nós, viver afinal não é mesmo preciso?
Não, quando navegar é sonhar, ousar, planear, arriscar, empreender, realizar… Porque aí, navegar é viver!
Há exactamente um ano atrás refletia eu neste blog sobre o oposto, sobre essa premente necessidade de viajar… Num pensamento infectado pela pandemia que ainda hoje perdura. Para o relembrar, cliquemos aqui.
Viajar, segundo Flaubert, faz-nos ter consciência da nossa pequenez. E esta maldita pandemia fez-nos ver quão frágeis nós somos.