“Em Bragança há liberdade para recomeçar”. É este o mote da campanha que o município tem em marcha para atrair trabalhadores remotos para viverem no concelho durante um mês. Como atractivos, o projecto oferece casa paga, um cabaz de produtos regionais e vouchers para experiências.
(…)
“Através deste projeto pretende-se divulgar a qualidade de vida que Bragança tem para oferecer a quem optar por viver e trabalhar a partir daqui, sublinhar que é possível estar ligado com o mundo laboral e, ao mesmo tempo, usufruir de um território convidativo para fazer uma pausa e/ou desligar do ritmo frenético do dia-a-dia”, explica o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, em declarações divulgadas pelo Jornal de Negócios.
“A iniciativa pretende dar a conhecer todo o potencial deste território e, através da partilha da experiência, que se espera positiva, inspirar quem tiver possibilidade de manter o trabalho remoto mesmo depois da pandemia, a viver em Bragança“, acrescenta o autarca.
O projecto integra o Programa de Cooperação URBACT - Find Your Greatness que é financiado pela União Europeia.
E agora acrescento eu...
Venham mais projectos como este, das mais variadas câmaras municipais do interior deste território rectangular, e até da Madeira e dos Açores. Até mesmo da remotíssima ilha do Corvo*!…
Que o tal do URBACT venha a debutar com urgência a “surrealizar por aí”, como cantavam os Ban!…
Eu já me inscrevi. E se aqui o menino não for seleccionado pela cidade de Bragança, que hajam outras forças locais que se interessem pelos meus skills de blogger ou outros que detenho também. Que eu possa pôr ao serviço da pequena comunidade que me queira adoptar.
Como já disse lá atrás, é mister que mais e mais edilidades copiem esta mui brilhante e brigantina iniciativa!... Afinal, as vastas áreas metropolitanas da grande Lisboa e do grande Porto são excedentárias de talentos que se atropelam uns aos outros. E tal não os deixa brilhar tanto quanto poderiam noutros contextos demográficos.
Tanto que esses talentos desperdiçados nas duas maiores cidades lusas poderiam fazer para alavancar** economias e comunidades locais em territórios menos densamente povoados mas com tanto potencial de crescimento…
Que ao menos esta maledetta pandemia tenha este efeito positivo de agitar as águas.
Que ao menos esta sacanagem deste Coronavírus seja o trigger para finalmente, ao cabo de séculos e séculos, se desenvolver o interior deste país, a par com o litoral, e que surja uma real coesão nacional.
Que melhor uso do que este poderemos dar à tão badalada bazooka europeia, digam-me vós, ó meus leitores…
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* Sobre a qual eu já divulguei um filme/documentário noutro dos meus blogs, texto que pode ser lido clicando aqui.
** Odeio esta buzzword, e é por isso que a usei aqui. Para aqueles que falam economês me ouçam.
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