Bom... Imaginem temas da música ligeira moderna, cantados em várias línguas, e interpretados por vozes a solo - uma voz diferente para cada tema - vozes essas recrutadas entre aqueles que usualmente actuam em Blues ou Jazz clubs.
Temas esses acompanhados pelas clássicas guitarra portuguesa e viola, a parte instrumental típica de um fadista. Pontualmente complementada num ou noutro tema por um contrabaixo ou piano. Sendo que o dueto de guitarra e de viola teriam intérpretes femininos, caso muito pouco comum nestes instrumentos e nas casas de fado, sobretudo quando simultâneo.
Um bom exemplo seria a estranha mas belíssima intérprete* de guitarra portuguesa ilustrada na foto em baixo:
E quais os temas que constituiriam o repertório deste novel projecto musical?
O primeiro que me vem à ideia é o "Ne me quitte pas", de jacques Brel. desde que o ouvi interpretado pelo Sting que esta "pancada" me sobreveio nos neurónios. Segundo, o "Yesterday" dos Beatles. Que eu costumava tanto parodiar, por acaso. Depois, o "In ogni senzo" de Eros Ramazzotti. O poema de Vinicius de Moraes, "Rosa de Hiroshima", tal como cantado pelo Ney Matogrosso. E daqui destes exemplos até ao "Nothing else matters" dos Metallica, nothing is impossible. Pode tudo caber pelo meio. Aliás, em relação a este último exemplo, ouçam os acordes iniciais e digam lá se aquilo não podia bem ser uma guitarra portuguesa a tocá-los...
Cena muito marada, esta que aqui exponho? Hellooooo!... Reparem no cabeçalho do blog que estão a ler agorinha mesmo.
Uma forte adulteração da canção nacional, demasiada para ser cantada em casas típicas de fado? Não seja por isso; há outros palcos, inclusivé fora de Portugal, aos quais, creio, este projecto, quiçá inovador, poderá interessar.
Se algum produtor ou editora de música me adoptar esta ideia peregrina, eu quedar-me-ei contente dessa apropriação. Só teria um desejo a pedir a quem isso fizesse: é que se equacionasse a possibilidade de eu ser o cantor-intérprete do tema "Ne me quitte pas". É que me encantaria dedicar um dia uma eventual actuação minha deste em palco a alguém especial. Porque por esse alguém esta ideia nasceu.
2 comentários:
Porque não?
É esse o espírito, cara Elisabete. E porque não uma chuva de azeitonas? Sim, porque não?
Vou em demanda agora de quem alinhe nisto... Beijim.
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