quarta-feira, 30 de junho de 2010
• O Saramago
José Saramago parou de escrever*.
E a pergunta mais importante que nos deviamos todos pôr a nós próprios, portugueses e cidadãos do mundo, depois deste acontecimento é: e agora?
Sim, e agora? Quem é que vai escrever no lugar dele, como ele o fazia?
E sobretudo quem vai levantar lebres como ele tinha o consanguíneo deleite em fazê-lo para abalar as nossas adormecidas consciências? Quem nos vai sacudir para nos acordar? Quem nos vai avisar que andamos cegos?
Será que esse alguém já nasceu? De novo na Azinhaga da Golegã, entre os que o conheceram de forma mais próxima? Ou noutra azinhaga qualquer deste vasto Portugalito?
É que Saramago faz-nos falta. É desígnio urgente que uma voz da alma como a que ele tinha volte a falar. Necessitamos de novo de quem nos faça pensar. De quem debite pensamentos diferentes. Mesmo que estes sejam ideias peregrinas, como aquela que um dia Saramago teve de promover o voto em branco.
Ideia esta que até não me desagradaria num futuro próximo. Pois sou candidato à Presidência da República e "Branco" é o meu nome do meio.
Bem, não sei se tenho valia para pegar no testenunho que ele estende desde o além em que agora caminha com a espinha direita, como sempre o fez. Mas alguém tem de pegar nesse ferro e continuar a corrida. Já que eu me creio prenhe de outras ideias peregrinas, ou não tivesse fundado este blog...
Não quero pecar por imodéstia. Não vou proclamar já que sou eu essa voz que urge retomar presença. E antes do mais, vou ver se começo a ler o meu primeiro "Saramago", que ainda não li nenhum. Encetarei, talvez, pelo "Ensaio sobre a Cegueira", que uma alma forasteira um dia me recomendou. Assim que termine a leitura de "Eu, Buddha", de José Frèches.
* José Saramago parou de escrever tão só. Parar de existir tornou-se uma impossibilidade depois de ter deixado o que o deixou escrito.
E a pergunta mais importante que nos deviamos todos pôr a nós próprios, portugueses e cidadãos do mundo, depois deste acontecimento é: e agora?
Sim, e agora? Quem é que vai escrever no lugar dele, como ele o fazia?
E sobretudo quem vai levantar lebres como ele tinha o consanguíneo deleite em fazê-lo para abalar as nossas adormecidas consciências? Quem nos vai sacudir para nos acordar? Quem nos vai avisar que andamos cegos?
Será que esse alguém já nasceu? De novo na Azinhaga da Golegã, entre os que o conheceram de forma mais próxima? Ou noutra azinhaga qualquer deste vasto Portugalito?
É que Saramago faz-nos falta. É desígnio urgente que uma voz da alma como a que ele tinha volte a falar. Necessitamos de novo de quem nos faça pensar. De quem debite pensamentos diferentes. Mesmo que estes sejam ideias peregrinas, como aquela que um dia Saramago teve de promover o voto em branco.
Ideia esta que até não me desagradaria num futuro próximo. Pois sou candidato à Presidência da República e "Branco" é o meu nome do meio.
Bem, não sei se tenho valia para pegar no testenunho que ele estende desde o além em que agora caminha com a espinha direita, como sempre o fez. Mas alguém tem de pegar nesse ferro e continuar a corrida. Já que eu me creio prenhe de outras ideias peregrinas, ou não tivesse fundado este blog...
Não quero pecar por imodéstia. Não vou proclamar já que sou eu essa voz que urge retomar presença. E antes do mais, vou ver se começo a ler o meu primeiro "Saramago", que ainda não li nenhum. Encetarei, talvez, pelo "Ensaio sobre a Cegueira", que uma alma forasteira um dia me recomendou. Assim que termine a leitura de "Eu, Buddha", de José Frèches.
* José Saramago parou de escrever tão só. Parar de existir tornou-se uma impossibilidade depois de ter deixado o que o deixou escrito.
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