- Todos nós, seres humanos racionais, possuimos a capacidade de ter visões ou ideais.
- Alguns de nós, menos do que os anteriores, conseguem reflectir sobre esses ideais conscientemente.
- Alguns de nós, menos do que os anteriores, conseguem expressá-los convenientemente.
- Alguns de nós, menos do que os anteriores, conseguem passar essas expressões para a forma escrita adequadamente.
- Alguns de nós, menos do que os anteriores, conseguem fazer com que essas expressões escritas se tornem interessantes para os outros seres humanos.
- Alguns de nós, menos do que os anteriores, conseguem fazer com que essas expressões escritas interessantes sejam publicadas em suporte papel*.
- Alguns de nós, menos do que os anteriores, conseguem fazer por fim com que essas publicações dos seus ideais ganhem a eternidade.
domingo, 22 de agosto de 2010
• Um ano...
Faz hoje um ano que tomei a tardia resolução de criar um blog.
Já me sentia meio info-excluido por não ter uma coisa destas. Todo o bicho careta tem e eu a vê-los passar...
Também estava alojada em mim a mesma presunção dos demais, a de que têm algo para contar ao mundo, arrancado down the memory lane das nossas singulares pequenas existências. Somada a outra, a de que julgo saber escrever de forma a cativar o incauto leitor que por aqui possa desaguar, de quando em vez.
Só me faltava a força de vontade para vencer a inércia. Isso e a essência, o fio condutor que seria comum a tudo a que aqui viesse a ser postado. O tema, enfim, a razão de ser que justificasse que mais um blog aparecesse. E que não fosse apenas mais um blog entre tantos outros que o antecederam.
A reflexão que conduzi há um ano atrás levou-me a produzir as seguintes considerações:
E eu pergunto: quantos seres humanos, tais como eu e vós, caros leitores, não terão vivido e morrido, levando consigo para a cova tantas e tantas visões ou ideais que tinham um potencial interessante, que podiam ter alcançado esse estatuto de coisa eterna, e que, por inépcia, nunca chegaram a ser partilhados com os outros? Imensos, imagino eu... Tantas visões ou ideais que se perderam assim para sempre... O que não seria da humanidade hoje se essa inevitável perda não existisse...
Eu não sei ainda se aquilo que eu escrevo tem alguma valia.
Mas quero dar uma chance a mim de não ser perdido aquilo que eu penso e que posso e quero partilhar com o resto da humanidade.
As ideias que aqui deixo não serão concerteza todas concretizadas por mim sozinho. Nem Leonardo da Vinci conseguiu tal feito com as suas, quanto mais eu, que não tenho nem um décimo de seu engenho e empenho. Sin embargo, estas minhas ideias vão continuar a quedar-se aqui, á mercê de quem lhes possa dar uma vida para além deste blog.
* Aqui na blogosfera é ao contrário: primeiro os ideiais de cada um aparecem publicados - graças a esse poder de expressão que a internet nos deu a todos - e depois é que o resto de todos nós os julgam interessantes ou não. Viva a internet...
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2 comentários:
Nasci à margem da vida
Nas veredas do pecado
Onde o tempo é mais cinzento,
Sou filho de mãe perdida
Num destino mal fadado
Cresci ao sabor do vento!
Aprendi com a tempestade
Tive a noite como escola
Vivi sem eira nem beira,
Nunca vi a mocidade
Vendi-me de esmola em esmola
Em farrapos de algibeira!
Por caminhos, desvairado
Sem alma, sem coração
Comunguei com a tristeza,
Nunca amei nem fui amado
E encontrei na solidão
A minha maior riqueza!
Foi o tempo quem trilhou
O destino do meu berço
Por um caminho sem fé,
É por isso que hoje sou
Um homem que não conheço
Nunca vi, nem sei quem é!
Autor:
Paulo Conde
Partilhado por Lunamar
Cara Lunamar,
Espero que tenha partilhado este poema curioso não com a intenção de eu me ver nele retratado. Mas se assim foi, de qualquer forma, obrigado pela sua contribuição, sobre a qual prometo reflectir.
Beijim
Giuseppe
(tu sabes o meu nome verdadeiro...)
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